Cristas: "É inexplicável" que nova "tragédia" tenha sucedido
Assunção Cristas lamentou hoje o "número extraordinariamente elevado" de mortes em consequência dos incêndios de domingo.
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, lamentou hoje o "número extraordinariamente elevado" de mortes em consequência dos incêndios de domingo na zona Centro, considerando necessário recuperar a confiança no Estado no seu papel de apoio aos cidadãos.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, lamentou hoje o "número extraordinariamente elevado" de mortes em consequência dos incêndios de domingo na zona Centro, considerando necessário recuperar a confiança no Estado no seu papel de apoio aos cidadãos.
"Essa confiança é algo que tem de ser recuperado, e tem de ser recuperado com uma ação muito forte em vários domínios", vincou Cristas, falando aos jornalistas, em Lisboa, à margem de um encontro com uma delegação da Confederação Empresarial De Portugal (CIP).
A líder do CDS sublinhou que o "trauma" de Pedrógão Grande está ainda presente, e "três meses depois" é "inexplicável" que nova "tragédia" tenha sucedido.
"A primeira palavra tem de ser sobre as vítimas, para os familiares das vítimas", salientou Assunção Cristas, que declarou posteriormente que, "se calhar, voltou a acontecer" um conjunto de falhas do Estado, à imagem do que ocorreu em Pedrógão Grande e foi registado no relatório técnico independente sobre o incêndio que em junho matou 64 pessoas.
"As coisas ainda estão muito recentes, é preciso de olhar com atenção", disse ainda a líder centrista sobre os fogos de domingo, escusando-se Cristas a falar em concreto do papel, por exemplo, da ministra da Administração Interna.
Sobre este ponto, Assunção Cristas disse somente que a posição do CDS-PP "não mudou" - no passado os centristas já pediram a demissão de Constança Urbano de Sousa, mas hoje a líder do partido optou por se centrar no apoio às famílias das vítimas e na procura de explicações para a tragédia.