Incêndios matam três pessoas na Galiza, que responsabiliza Portugal

Presidente da Junta da Galiza explica que a situação deve-se a uma "actividade incendiária homicida", seca persistente e a incêndios que "saltaram o [rio] Minho" pela primeira vez.

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Incêndio numa aldeia em Vigo, Galiza Lavandeira Jr/EFE

Três pessoas morreram este domingo num incêndio na Galiza, segundo o jornal espanhol El País. Duas mortes ocorreram em Nigrán, na província de Pontevedra, no Sudoeste da Galiza. A terceira foi registada em Abelenda, Carballeda de Avia (Ourense). Tal como Portugal, a região espanhola tem vários incêndios activos, alguns vieram de Portugal. O presidente da Junta da Galiza descreveu este domingo como complexa a situação devido a uma "actividade incendiária homicida", seca persistente e o descontrolo dos incêndios em Portugal, que "saltaram o [rio] Minho" pela primeira vez.

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Três pessoas morreram este domingo num incêndio na Galiza, segundo o jornal espanhol El País. Duas mortes ocorreram em Nigrán, na província de Pontevedra, no Sudoeste da Galiza. A terceira foi registada em Abelenda, Carballeda de Avia (Ourense). Tal como Portugal, a região espanhola tem vários incêndios activos, alguns vieram de Portugal. O presidente da Junta da Galiza descreveu este domingo como complexa a situação devido a uma "actividade incendiária homicida", seca persistente e o descontrolo dos incêndios em Portugal, que "saltaram o [rio] Minho" pela primeira vez.

Alberto Núñez Feijóo disse que transmitiu à ministra da Agricultura, Pesca, Alimentação e Meio Ambiente, Isabel García Tejerina, a sua preocupação por Portugal não conseguir apagar os seus incêndios e os fogos com origem em território português estarem a entrar na Galiza.

"Pela primeira vez, vemos como os fogos saltam o rio Minho e incendiavam As Neves, Salvaterra [do Miño], Porriño e outros lugares limítrofes", afirmou o presidente da Junta da Galiza, citado pela agência espanhola EFE.

O Governo português anunciou este domingo que accionou o Mecanismo Europeu de Protecção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos, mas que Espanha não pôde responder ao pedido de ajuda por causa dos incêndios na zona da Galiza.

O Governo espanhol mobilizou este domingo 29 meios aéreos e quatro brigadas de reforço para combater os incêndios florestais que afectam a Galiza, Castela e Leão e as Astúrias.

Ao princípio da noite, a Galiza estava a ser afectada por pelo menos 30 incêndios, havendo risco para as populações em 11 zonas nas províncias de Lugo, Ourense e Pontevedra.

Além dos incêndios provenientes de Portugal, Alberto Núñez Feijóo disse que a situação complexa que se vive na Galiza se deve a condições climatéricas o "mais adversas possíveis", com uma "seca continuada, persistente e insistente" e ventos com uma intensidade que aumentou para cerca de quarenta quilómetros por hora devido aos restos do furação Ophelia.

Esta combinação de factores facilita a propagação dos incêndios e dificulta a sua extinção, disse.

Feijóo referiu a possibilidade de começar a chover na próxima madrugada, ou na terça-feira, mas insistiu que a grande preocupação é o vento.

Por outro lado, o dirigente galego disse também não ter dúvidas da intencionalidade destes fogos, depois de uma madrugada em que surgiram mais de vinte incêndios.

Segundo Feijóo, citado pela EFE, estes fogos são ateados por pessoas que conhecem a zona, já que optaram por queimar parques naturais e zona próximas de ambientes urbanos.

"É gente que sabe o que tem de queimar, como tem de queimar e em que lugares", lamentou, acrescentando que a prioridade das autoridades é combater os incêndios nas zonas em que possam colocar em risco a população.