Calor atrasa fundistas em Lisboa, mas não impede excelente marca de Chumba
Sarah Chepchirchir confirmou favoritismo na maratona feminina.
Os fundistas africanos dominaram neste domingo mais uma edição da maratona e meia-maratona de Lisboa, inserida no circuito Rock n’Roll com uma massiva participação popular, mas o intenso calor que se fez sentir atrasou os tempos dos fundistas, que fizeram um novo percurso, com finalização na Praça do Comércio.
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Os fundistas africanos dominaram neste domingo mais uma edição da maratona e meia-maratona de Lisboa, inserida no circuito Rock n’Roll com uma massiva participação popular, mas o intenso calor que se fez sentir atrasou os tempos dos fundistas, que fizeram um novo percurso, com finalização na Praça do Comércio.
Só um dos favoritos antes das provas prevaleceu, e foi a maratonista queniana Sarah Chepchirchir, reeditando o triunfo do ano passado na capital portuguesa. De permeio, tinha vencido a maratona de Tóquio com uma das melhores marcas de sempre, 2h19m47s. Sozinha na frente mais a sua “lebre” masculina desde o tiro de partida, acabaria por ser alcançada já bem para diante na corrida pela etíope Afera Godfay, mas, após momentos de indecisão, impor-se-ia com 2h27m57, contra 2h28m46s da sua rival. No quarto lugar, com 2h40m02s, Doroteia Peixoto sagrou-se campeã nacional.
A prova masculina pareceu ter sempre um só sentido, com uma segunda metade do queniano Ishmael Bushendich em solitário na frente. Uma recuperação sustentada do marroquino, a correr pelo Bahrein, El Hassan Elabbassi levou o suspense até ao fim, com ambos a entrarem já juntos na Praça do Comércio. Bushendich reagiu e acabou por vencer, com 2h10m51s, Elabbassi tardou seis segundos e bateu o recorde pessoal por seis... minutos. Em sétimo, Bruno Paixão (2h26m24s) obteve o título português.
Em estreia, o etíope Birhan Nebebew surpreendeu tudo e todos com uma forte parte final, para levar o triunfo na meia-maratona, com 1h02m02s, adiante do eritreu Goitom Kifle (1h02m14s). Como habitualmente, Samuel Barata foi o melhor português, em sexto, com 1h05m13s.
No lado feminino, Eunice Chumba, uma queniana a correr também pelo Bahrein, dominou um plantel de grande qualidade com o excelente tempo de 1h08m48s, adiante da queniana Visiline Jepkesho (1h09m31s) e de Rose Chelimo (Bahrein, 1h09m48s), campeã mundial da maratona em Agosto, em Londres. Sara Moreira foi a portuguesa mais rápida, em sexto lugar, com 1h03m29s.