Um orçamento, estratégias diferentes no centro-direita. O CDS já anunciou dez propostas que gostaria de ver consagradas na proposta de Orçamento de Estado (OE) para 2018, o PSD espera para ver o documento e depois decidir.
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Um orçamento, estratégias diferentes no centro-direita. O CDS já anunciou dez propostas que gostaria de ver consagradas na proposta de Orçamento de Estado (OE) para 2018, o PSD espera para ver o documento e depois decidir.
O líder parlamentar da bancada social-democrata, Hugo Soares, disse ao PÚBLICO que só depois de os sociais-democratas conhecerem a proposta de Orçamento decidirão se avançam com propostas de alteração. Se for possível melhorar o documento, apresentaremos propostas que demonstrem a nossa alternativa”, afirmou, ainda antes de o documento final ser entregue na Assembleia da República.
Mas a opção dificilmente contrariará a do ano passado, quando o PSD propôs alterações, ainda que em áreas pontuais. Só no primeiro Orçamento do Governo PS, com apoio do PCP, BE e PEV, Passos Coelho decidiu não apresentar qualquer contributo, o que gerou polémica.
Ainda antes das eleições autárquicas e de anunciar que não se recandidatava à liderança do partido, o actual líder tinha garantido que o PSD avançaria com propostas. Agora, a direcção da bancada escuda-se na ideia de apenas conhecer “as linhas gerais” do documento para reservar a sua posição para mais tarde.
Já o CDS escolheu uma estratégia diferente e jogou na antecipação. Esta semana, ainda antes de conhecer a proposta do Governo, a bancada já apresentou, em conferência de imprensa, dez medidas que gostaria de ver no OE. Entre elas está a isenção da tributação das horas extraordinárias em sede de IRS – muito criticada pela ex-ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite – a criação de um fundo de emergência para a seca e a criação de um super crédito fiscal de investimento.
Este é o primeiro pacote que o CDS põe em cima da mesa. O partido liderado por Assunção Cristas irá apresentar as restantes propostas durante a fase de especialidade.