Gótico suave

Uma dimensão levemente (e sobretudo poeticamente) fantástica como sombreado para o que basicamente é um pequeno retrato da vida adolescente.

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A Floresta das Almas Perdidas: não há aqui filme que chegue

Um pequeno filme português, com carreira bem sucedida em alguns festivais votados ao fantástico e distribuição nalguns países estrangeiros. A premissa é curiosa, apelando a um “gótico rural”, muito suave, e tentando fazer coexistir uma dimensão levemente (e sobretudo poeticamente) fantástica como sombreado para o que basicamente é um pequeno retrato da vida adolescente e das angústias, frequentemente suicidárias, do crescimento para a idade adulta.

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Um pequeno filme português, com carreira bem sucedida em alguns festivais votados ao fantástico e distribuição nalguns países estrangeiros. A premissa é curiosa, apelando a um “gótico rural”, muito suave, e tentando fazer coexistir uma dimensão levemente (e sobretudo poeticamente) fantástica como sombreado para o que basicamente é um pequeno retrato da vida adolescente e das angústias, frequentemente suicidárias, do crescimento para a idade adulta.

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VIDEO_CENTRAL

A sua chave, mas também a sua pecha, está no naturalismo um tanto naif (os diálogos, sobretudo) que o filme é incapaz de sustentar ao longo dos seus 70 minutos — pouco tempo, mas ainda assim tempo demasiado para que A Floresta das Almas Parecidas não pareça uma curta-metragem esticada sem ganhar alguma coisa com isso, dramaticamente ou formalmente.

Nada indigno, e o aparente amadorismo do projecto (que não é incompatível com um preto e branco cuidado nem, aqui ou ali, com um recomendável sentido do enquadramento) não desperta, bem pelo contrário, nenhuma vontade de severidade. É só que, simplesmente, parece não haver aqui filme que chegue.