Há um manual e duas novas plataformas para ajudar a combater a obesidade
DGS lança manual. Nesta quarta-feira celebra-se o Dia Mundial do Combate à Obesidade.
A Direcção-Geral de Saúde (DGS) lançou nesta quarta-feira, Dia Mundial do Combate à Obesidade, um "manual sobre obesidade e terapêutica" para ajudar a combater o problema de excesso de peso, que atinge mais de metade da população adulta em Portugal. Também a Adexo, a associação de doentes obesos e ex-obesos, aproveita este dia para lançar o seu novo site que inclui informação como pesquisas científicas na área da obesidade e trabalhos que estão a ser desenvolvidos pela associação. Por seu lado, a Lusíadas Saúde apresenta uma plataforma dedicada à obesidade infantil, focada na informação para combate e prevenção a esta epidemia.
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A Direcção-Geral de Saúde (DGS) lançou nesta quarta-feira, Dia Mundial do Combate à Obesidade, um "manual sobre obesidade e terapêutica" para ajudar a combater o problema de excesso de peso, que atinge mais de metade da população adulta em Portugal. Também a Adexo, a associação de doentes obesos e ex-obesos, aproveita este dia para lançar o seu novo site que inclui informação como pesquisas científicas na área da obesidade e trabalhos que estão a ser desenvolvidos pela associação. Por seu lado, a Lusíadas Saúde apresenta uma plataforma dedicada à obesidade infantil, focada na informação para combate e prevenção a esta epidemia.
"O manual pretende ser um contributo" do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável na luta contra o excesso de peso, que inclui a pré-obesidade e a obesidade, "provavelmente o principal problema de Saúde Pública em Portugal", refere a DGS em comunicado, alertando que este é um problema que tem "implicações sérias" no aparecimento de diferentes doenças como a diabetes, as doenças cérebro-cardiovasculares, a patologia osteoarticular e a generalidade dos cancros. "Doenças, que no seu todo, representam a principal despesa em saúde do Estado português e o principal encargo do Serviço Nacional de Saúde", salienta a DGS no comunicado citado pela Lusa.
A Adexo reconhece que continuam a aumentar os custos com o tratamento das multipatologias como a diabetes tipo 2, as doenças cardiovasculares, a apneia do sono, entre outras, em conjunto com a mortalidade associada. Em Portugal – o primeiro país europeu a reconhecer a obesidade como doença e o único que tem regulamentação sobre a mesma –, o número de pessoas com excesso de peso chega aos três milhões, dos quais 1,5 milhões são obesos e 350 mil são super-obesos, o que faz com que seja um dos países com maior taxa de obesidade na União Europeia, diz a associação em comunicado, acrescentando que cerca de 1500 pessoas morrem anualmente por causa desta doença.
Segundo a DGS, com este novo manual pretende-se ainda apresentar o cenário epidemiológico da obesidade em Portugal, reflectir sobre os melhores indicadores a utilizar para o seu diagnóstico, bem como apresentar algumas orientações para o tratamento desta patologia, em particular no que diz respeito à terapêutica nutricional. O manual apresenta ainda a abordagem do Serviço Nacional de Saúde ao tratamento do excesso de peso.
Segundo a Adexo, apesar de a obesidade ser uma doença reconhecida continua a ser "descurada" e as medidas implementadas continuam a ser "insuficientes para melhorar o acesso à qualidade de vida dos doentes".
Por seu lado, a Lusíadas Saúde criou uma plataforma com o mote: “A obesidade infantil ensina às crianças coisas que elas nunca deveriam saber.” O site tem informação e conselhos para os pais com o objectivo de "incentivar a prevenção através de hábitos de alimentação mais saudáveis e da prática de exercício físico regular”, explica José Carlos Magalhães, presidente da Lusíadas Saúde, em comunicado.
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Além da plataforma foi feito um vídeo onde várias crianças falam sobre as patologias associadas à obesidade. “A obesidade infantil é uma questão de saúde pública e vai muito para além de uma questão estética. Em Portugal, cerca de 1/3 das crianças têm excesso de peso e 17% sofrem de obesidade. Estes números são alarmantes, tendo em conta que estas crianças correm o risco de vir a sofrer de patologias associadas à obesidade. Diabetes, colesterol elevado, hipertensão arterial, fígado gordo, apneia do sono, são apenas alguns exemplos. E de facto, estas são experiências pelas quais nenhuma criança deveria ter de passar”, considera Leopoldo Matos, coordenador do conselho médico da Lusíadas Saúde.