Há 200 passageiros afectados pela Monarch no regresso a Portugal
Quem tinha viagem até dia 15 vai poder voar através da Easyjet, com bilhetes a 89 euros.
O fim da companhia área britânica Monarch afectou milhares de passageiros que estavam de férias em regiões como o Algarve, mas também pessoas que estavam no Reino Unido e que tinham regresso programado a Portugal.
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O fim da companhia área britânica Monarch afectou milhares de passageiros que estavam de férias em regiões como o Algarve, mas também pessoas que estavam no Reino Unido e que tinham regresso programado a Portugal.
De acordo com os dados fornecidos ao PÚBLICO pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), o regulador britânico identificou 200 pessoas afectadas pelo encerramento da Monarch (embora o número possa ser revisto em alta).
Dentro deste universo há dois grupos: os passageiros que estavam no território britânico a 2 de Outubro e tinham viagem de regresso a Portugal até dia 15, e os que tinham reservas marcadas para depois dessa data. No primeiro caso, os passageiros têm direito a uma solução mais expedita, tendo a ANAC estabelecido um protocolo com a Easyjet.
Segundo o comunicado divulgado pelo regulador esta quinta-feira ao final do dia , o acordo “prevê a possibilidade de regresso a Portugal na companhia aérea Easyjet, com base em ‘tarifas de resgate’, sendo a marcação das viagens efectuada através da ANAC”.
O valor das tarifas ligadas ao reencaminhamento ficou estabelecido em 80 libras (cerca de 89 euros ao câmbio actual), montante esse que é adiantado pelo regulador, mas que terá depois de ser pago pelos passageiros junto da ANAC (procurando depois o reembolso a que têm direito). O protocolo envolve os voos da Easyjet a partir de Londres (Gatwick e Luton), Liverpool e Manchester.
Esta sexta-feira, a ANAC emitiu um novo comunicado, com mais algumas informações sobre os procedimentos a adoptar para se receber os reembolsos ou indemnizações, e inclui um link para a empresa que está a gerir este processo no Reino Unido, a KPMG.
O fim da Monarch, que existia desde 1968, foi conhecido publicamente na segunda-feira de manhã, deixando cerca de 110 mil pessoas em terra, essencialmente britânicos. Outras cerca de 750 mil viram desaparecer as reservas que tinham feito. A estratégia para mitigar o problema, naquela que é referida como a maior operação de repatriamento em tempo de paz no Reino unido – e que ainda está em curso até dia 15 – passa por alugar 34 aviões a outras empresas e levar as pessoas de volta para casa.
No caso de Portugal, a região mais afectada é o Algarve, já que, segundo os dados mais recentes da ANAC (do segundo trimestre), a Monarch era a quarta maior transportadora aérea no aeroporto de Faro.