Rita GT, a única artista portuguesa presente na Bienal de Lagos

Artista plástica e performer é a única portuguesa a participar na Bienal de Lagos, na Nigéria. Nascida no Porto, vive entre Portugal e Angola, dedicando-se aos temas da identidade e memória colonial

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A artista plástica Rita GT será a única portuguesa a participar na Bienal de Lagos, que vai decorrer na Nigéria, de 14 de Outubro a 22 de Novembro, sob o tema Living On The Edge.

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A artista plástica Rita GT será a única portuguesa a participar na Bienal de Lagos, que vai decorrer na Nigéria, de 14 de Outubro a 22 de Novembro, sob o tema Living On The Edge.

A artista plástica e performer Rita GT é a única portuguesa entre os artistas convidados a participar na edição inaugural da Bienal de Lagos 2017, que terá como curador o artista nigeriano Folakunlen Oshun, segundo um comunicado da agência promotora da artista. Sob o tema Living On The Edge (Vivendo no Limite), a Bienal tem como objectivo primário criar aberturas culturais, artísticas e políticas, da cidade nigeriana de Lagos para o resto do mundo. De acordo com o programa da Bienal, "o evento não pretende ser impulsionado por ideologias afrocentric, mas sim aproveitar o espírito da cidade onde todos são bem-vindos, abraçando a simplicidade unificadora da experiência humana".

Embora tenha nascido no Porto, Rita GT vive e trabalha actualmente entre Portugal e Angola, sendo internacionalmente "uma das mais destacadas artistas portuguesas a reflectir sobre os temas da identidade e da memória colonial, com foco em questões de género e dos direitos humanos". Entre outros, recebeu, em 2013, o Prémio Moving Africa, atribuído pelo Goethe Institut, através da Wits University, em Joanesburgo, na África do Sul, foi comissária do Pavilhão de Angola na Bienal de Veneza, em 2015, e, este ano, convidada a participar na mostra de Verão da Royal Academy de Londres.

everydayisastudioday1 from rita gt on Vimeo.

Recentemente, a artista inaugurou, em Lisboa, a exposição individual Return to Earth, patente até 4 de Novembro, na Galeria Belo-Galsterer. O seu trabalho centra-se essencialmente em cerâmica, instalação, performance, vídeo e fotografia, cruzando, no seu processo de criação, múltiplos meios e suportes. Os seus projectos são frequentemente descritos como "interventivos, subversivos e inconformistas". Do percurso da artista fazem parte outras exposições individuais, que estiveram patentes em espaços como Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, Instituto Camões, em Luanda, ou Bienal de Viana do Castelo.