Prisões do Minho estão sobrelotadas e têm défice de 600 lugares

Os três estabelecimentos da região do Minho têm capacidade de 206 lugares, mas acolhem 343 reclusos.

Foto
PAULO PIMENTA / PUBLICO

Os estabelecimentos prisionais de Braga, Guimarães e Viana do Castelo estão sobrelotados e têm um défice de 600 lugares em relação ao número de reclusos residentes na região, o que "aconselha" a construção de uma nova cadeia no Minho.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Os estabelecimentos prisionais de Braga, Guimarães e Viana do Castelo estão sobrelotados e têm um défice de 600 lugares em relação ao número de reclusos residentes na região, o que "aconselha" a construção de uma nova cadeia no Minho.

Os dados constam num relatório sobre o Sistema Prisional e Tutelar agora divulgado pelo Ministério da Justiça, que acrescenta que as taxas de ocupação naqueles estabelecimentos prisionais são de 165,93% (Braga), 150,68% (Viana do Castelo) e 195,24% (Viana do Castelo). No total, os três estabelecimentos têm uma lotação oficial de 206 lugares, mas acolhem 343 reclusos.

Segundo o relatório, há 847 reclusos com residência nos distritos de Braga e Viana do Castelo, sendo 804 homens e 43 mulheres.

O mesmo relatório sublinha que nenhum dos estabelecimentos prisionais do Minho tem condições para acolher mulheres. Por isso, o relatório "aconselha" a construção de um novo estabelecimento prisional no Minho, mas mantendo em funcionamento os três que já existem.

Em relação ao de Braga, é sugerido que passe a acolher, nomeadamente, reclusos preventivos.

Quanto aos três estabelecimentos existentes, o relatório refere que nenhum deles foi alguma vez objecto de grandes obras de remodelação ou ampliação, tendo-se limitado a intervenções para erradicação do balde higiénico.

Em relação ao estado de conservação dos edifícios, os três mereceram um "aceitável" em termos de construção civil e um "deficiente" quanto a instalações eléctricas, instalações mecânicas e infra-estruturas.