Passos deverá renunciar a mandato de deputado
Líder do PSD sairá do Parlamento quando for escolhido o seu sucessor
O líder do PSD deverá renunciar ao mandato de deputado quando o partido tiver um novo presidente, apurou o PÚBLICO. Passos Coelho disse esta terça-feira à noite, na intervenção em que anunciou que não era recandidato à liderança do PSD, que não iria “assombrar” o seu sucessor no partido.
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O líder do PSD deverá renunciar ao mandato de deputado quando o partido tiver um novo presidente, apurou o PÚBLICO. Passos Coelho disse esta terça-feira à noite, na intervenção em que anunciou que não era recandidato à liderança do PSD, que não iria “assombrar” o seu sucessor no partido.
A saída de Passos Coelho do Parlamento só deverá ocorrer depois do congresso, no início de 2018. As eleições directas para escolher o novo presidente do partido deverão ser marcadas para o início de Dezembro.
O ainda líder do PSD assegurou que irá continuar a lutar pelas suas ideias. “O facto de não ser candidato à liderança não significa que me vá calar para sempre”, disse. Acrescentou que não fará sombra à futura liderança: “Não ficarei cá a rondar, nem a assombrar coisa nenhuma. Não é a minha maneira de estar.” “Quaisquer que sejam os protagonistas poderão contar com a minha lealdade”, reforçou.
O líder do PSD mantém-se em funções (assim como os órgãos nacionais) e continuará a representar o partido a nível institucional. Já esta quinta-feira estará na cerimónia que assinala as celebrações do 5 de Outubro. Mas será contido na intervenção pública. Esta tarde abdicou de protagonizar o debate quinzenal com o primeiro-ministro, deixando essa tarefa para o líder parlamentar, Hugo Soares.
Passos Coelho foi deputado entre 1991 e 1999 (duas legislaturas) e voltou a ser eleito deputado em 2011, tendo assumido então o cargo de primeiro-ministro, que exerceu até 2015. Depois de o novo Governo PSD-CDS ter sido rejeitado pela maioria de esquerda no final de 2015, Passos Coelho retomou o seu lugar na bancada social-democrata.