Vacinação contra gripe arranca com alerta reforçado
Época da gripe no hemisfério Sul, nomeadamente na Austrália, foi muito intensa. Pessoas dos grupos de risco devem vacinar-se, aconselha Direcção-Geral da Saúde
A campanha de vacinação contra a gripe arrancou nesta segunda-feira com mais doses gratuitas disponíveis do que é habitual, 1,4 milhões. Os responsáveis da Direcção-Geral de Saúde (DGS) insistem na importância de os cidadãos dos grupos de risco, como os idosos e os doentes crónicos, se imunizarem. Este ano o alerta é ainda reforçado devido à intensidade da época da gripe que se fez sentir nos últimos meses no hemisfério Sul, nomeadamente na Austrália.
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A campanha de vacinação contra a gripe arrancou nesta segunda-feira com mais doses gratuitas disponíveis do que é habitual, 1,4 milhões. Os responsáveis da Direcção-Geral de Saúde (DGS) insistem na importância de os cidadãos dos grupos de risco, como os idosos e os doentes crónicos, se imunizarem. Este ano o alerta é ainda reforçado devido à intensidade da época da gripe que se fez sentir nos últimos meses no hemisfério Sul, nomeadamente na Austrália.
“Foi uma gripe muito intensa, houve muitos casos e mais mortalidade”, sublinha a subdirectora-geral da Saúde, Graça Freitas, que nota, porém, que ainda vai ser necessário esperar para ver se a estirpe que circulou de forma dominante (H3) na Austrália e noutros países do hemisfério Sul vai ou não sofrer mutações quando chegar ao hemisfério Norte.
Este ano há 1,4 milhões de doses disponíveis no Serviço Nacional de Saúde, mais 200 mil do que na época passada, quando as doses gratuitas quase esgotaram. Somadas às que estão à venda nas farmácias (e que são comparticipadas em 37% pelo Estado), são mais de dois milhões de doses, sublinha a subdirectora-geral da Saúde. Este ano, pela primeira vez, os diabéticos e os bombeiros que prestam assistência a doentes têm direito a vacinas grátis.
Se a estirpe dominante for a H3, como aconteceu no Inverno do hemisfério Sul, serão os idosos os mais afectados. As pessoas com 65 ou mais anos são, aliás, um dos grupos de risco com direito a imunização gratuita, além dos doentes crónicos e imunodeprimidos (a partir dos seis meses de idade), os cidadãos institucionalizados, entre outros, lembra o director-geral da Saúde num comunicado divulgado nesta segunda-feira. Os profissionais de saúde que lidam com doentes e as pessoas que trabalham em lares de idosos também são aconselhadas a imunizar-se.
A vacinação continua a ser “a melhor prevenção, sobretudo para as complicações graves”, enfatiza Francisco George. Mas, para prevenir infecções respiratórias, acrescenta, são ainda "essenciais a higiene das mãos e a etiqueta respiratória, como tossir ou espirrar para um lenço descartável ou para o antebraço”.
Graça Freitas aproveita para recordar que, em caso de gripe, são recomendadas medidas de “distanciamento social” e insiste que se deve telefonar antes para o SNS 24 (808 24 24 24). "As pessoas devem ficar em casa e socializar o mínimo possível”, aconselha a médica. Tudo para evitar o contágio.
Não é preciso imunizar-se logo nos primeiros dias: a vacina deve ser feita preferencialmente até ao final do ano, mas a DGS nota que "pode ser administrada durante todo o Outono e Inverno".