António Tavares disponível para avançar para a distrital do PSD-Porto
Mandatário de Álvaro Almeida defende um debate interno e diz que, se Passos “não tiver condições” para se recandidatar, tem de haver alternativas.
O mau resultado registado pelo PSD nas eleições autárquicas de domingo fez tocar as campainhas todas no partido e António Tavares - que foi mandatário de Álvaro Almeida, o candidato social-democrata à Câmara do Porto - está disponível “para ajudar o partido”, abrindo a porta a uma candidatura à liderança da distrital do Porto.
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O mau resultado registado pelo PSD nas eleições autárquicas de domingo fez tocar as campainhas todas no partido e António Tavares - que foi mandatário de Álvaro Almeida, o candidato social-democrata à Câmara do Porto - está disponível “para ajudar o partido”, abrindo a porta a uma candidatura à liderança da distrital do Porto.
“Estarei disponível para participar num debate interno e assumirei todas as consequências dessa disponibilidade, que pode passar por uma candidatura à distrital do PSD”, cujo mandato termina no Verão de 2018,declarou o social-democrata ao PÚBLICO.
Militante do partido há mais de 35 anos, António Tavares mostra-se preocupado com a tempestade eleitoral que varreu o PSD, em termo de perda do voto urbano, e defende que os sociais-democratas têm de fazer um debate interno, não para encontrar os culpados desta hecatombe – “porque esse não é o momento” –, mas para devolver o PSD às bases”.
“O PSD não pode passar por isto como se nada tivesse acontecido. Aconteceu algo que nos obriga a reflectir”, constata, sustentado que o partido “tem de olhar não só para a floresta, mas para cada uma das árvores para ver o que o aconteceu na floresta”.
Empenhado em perceber as razões pelas quais a sociedade civil se foi afastando do PSD, o também presidente da mesa da comissão política concelhia do PSD-Porto quer aproveitar a abertura do processo eleitoral para a liderança para promover também a Norte uma reflexão sobre os resultados eleitorais.
Com Passos Coelho ainda indeciso sobre se fica ou sai, António Tavares não se detém muito na questão da liderança, mas vai comentando que, se o “líder do partido não tiver condições para ficar, tem de haver alternativas”. E mais não diz.