Passos diz que o seu processo de reflexão “vai bem, obrigado”
Líder social-democrata esteve reunido com Marcelo Rebelo de Sousa, mas afirma que nesta audiência as autárquicas não foram tema.
Pedro Passos Coelho disse esta segunda-feira que a reflexão sobre uma recandidatura à liderança do partido que anunciou na noite eleitoral “vai bem, obrigado”, mas recusou-se a avançar qualquer pista sobre esse processo até terça-feira à noite.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Pedro Passos Coelho disse esta segunda-feira que a reflexão sobre uma recandidatura à liderança do partido que anunciou na noite eleitoral “vai bem, obrigado”, mas recusou-se a avançar qualquer pista sobre esse processo até terça-feira à noite.
O presidente do PSD falava no final de uma audiência com o Presidente da República, mas questionado se partilhou com Marcelo Rebelo de Sousa alguma reflexão, negou. “Não falámos de eleições autárquicas”, e a sua reflexão também “não foi tema”, afirmou Passos Coelho à saída do encontro, que durou cerca de 40 minutos.
Perante a insistência dos jornalistas sobre as ilações a tirar dos resultados das autárquicas, o líder do PSD remeteu para terça-feira: “Vamos proceder amanhã a uma apreciação com mais detalhe nos órgãos do partido”, primeiro na comissão política e depois no conselho nacional. “Só depois disso é que poderemos dizer alguma coisa do ponto de vista de uma mensagem política que possa ter relevância nacional e não vou até lá fazer especulação”, afirmou.
Questionado sobre se a sua decisão sobre uma recandidatura dependerá mais da sua reflexão ou do conselho nacional, Passos Coelho afirmou: “Dependerá da minha reflexão”.
O líder do PSD afirma que a conversa com Marcelo Rebelo de Sousa abordou a situação portuguesa e europeia, a situação económica nacional e o Orçamento do Estado, mas não quis adiantar muito mais. “Essa é uma matéria sobre a qual ainda há muito para discutir na medida em que ainda não existe uma proposta de lei do Orçamento”, disse.
O PSD foi o primeiro partido a ser recebido pelo Presidente da República nesta ronda de audiências aos partidos com assento parlamentar que começa hoje e vai até quarta-feira, com as quais Marcelo Rebelo de Sousa quer tomar o pulso ao país político, depois das autárquicas e antes da apresentação do Orçamento do Estado para 2017.
Depois da derrocada social-democrata, o líder do PSD anunciou um "período de reflexão" para decidir se se recandidata a um novo mandato à frente do partido, adiantando, no entanto, que não se demitia e iria manter o calendário do partido, com directas no fim de Janeiro, princípio de Fevereiro e congresso um mês depois.
Marcelo Rebelo de Sousa recebe esta tarde também o PS, que será representado pelo presidente e líder parlamentar, Carlos César, pela secretária-geral adjunta, Ana Catarina Mendes, e pelo secretário-geral da JS, Ivan Gonçalves. Uma hora depois chega a Belém a delegação do BE, constituida pela coordenadora Catarina Martins, o líder parlamentar Pedro Filipe Soares e o dirigente José Manuel Pureza.
As audiências prosseguem na terça-feira, quando serão recebidos o CDS, o PCP e Os Verdes e na quarta-feira o PAN.