Esperança de vida à nascença melhorou em todas as regiões nos últimos seis anos
Apesar de a esperança de vida continuar a ser superior para as mulheres, a diferença face aos homens tem vindo a diminuir. Madeirenses têm mais dois anos de esperança de vida em relação a 2008-2010. É no arquipélago que a diferença entre mulheres e homens é maior: 7,45 anos.
A esperança de vida à nascença melhorou em todas as regiões do país nos últimos seis anos, sendo estimada em 80,62 anos para o total da população, tendo o maior aumento ocorrido na Madeira, revela nesta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
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A esperança de vida à nascença melhorou em todas as regiões do país nos últimos seis anos, sendo estimada em 80,62 anos para o total da população, tendo o maior aumento ocorrido na Madeira, revela nesta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo as Tábuas de Mortalidade relativas ao triénio 2014-2016, por comparação com o triénio 2008-2010, a esperança de vida à nascença em Portugal foi estimada em 77,61 anos para os homens e de 83,33 anos para as mulheres.
"Estes valores representam um ganho de 1,44 anos para os homens e de 1,14 para as mulheres" em 2014-2016, comparativamente com os valores estimados para 2008-2010, sublinha o INE.
Apesar de a esperança de vida continuar a ser superior para as mulheres, a diferença para os homens tem vindo a diminuir, sendo agora de 5,72 anos (face a 6,02 em 2008-2010).
A esperança de vida aos 65 anos atingiu 19,31 anos para ambos os sexos, no triénio 2014-2016, com os homens a poderem viver, em média, mais 17,44 anos e as mulheres mais 20,73 anos, o que representa um ganho de 0,70 anos, para ambos, face a 2008-2010.
"A diferença entre a longevidade aos 65 anos de homens e mulheres em 2014-2016 foi de 3,29 anos, retomando aos valores de 2008-2010, após um período em que se verificaram ligeiros acréscimos", adiantam os dados.
Madeirenses têm mais dois anos de esperança de vida
De acordo com o INE, observaram-se nos últimos seis anos "melhorias na esperança de vida à nascença em todas as regiões". O maior aumento registou-se na Madeira, onde a esperança de vida à nascença passou de 76,13 para 78,02 anos.
As maiores diferenças de longevidade entre homens e mulheres registaram-se na Madeira e nos Açores, onde as mulheres podem viver em média, respectivamente, mais 7,45 anos e 7,03 anos do que os homens.
Já as menores diferenças de longevidade foram encontradas nas regiões norte e centro, com 5,57 e 5,61 anos, respectivamente.
No Algarve observaram-se os valores mais elevados de esperança de vida aos 65 anos para o total da população e para as mulheres, 19,66 anos e 21,04 anos, respectivamente em 2014-2016.
A maior longevidade aos 65 anos para os homens registou-se na região norte (17,70 anos). Contudo, foi na Madeira que se verificou o maior aumento deste indicador, nos últimos seis anos, quer para homens quer para mulheres: de 13,86 para 14,99 anos e de 18,05 para 19,35 anos, respectivamente. "
"As maiores diferenças de longevidade aos 65 anos entre homens e mulheres registaram-se nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores, onde as mulheres podem esperar viver em média, respectivamente, mais 4,36 anos e mais 3,71 anos do que os homens", adianta o INE.
Na região norte verificaram-se as menores diferenças entre os dois sexos (3,13 anos), para a longevidade aos 65 anos.
As estimativas relativas à esperança de vida à nascença mostram que em nove das 25 sub-regiões NUTS III foi superado o valor nacional (80,62 anos).
As maiores esperanças de vida à nascença foram registadas no Cávado (81,45 anos), na região de Coimbra (81,25 anos) e na região de Leiria (81,24 anos), e as menores nas regiões autónomas e no baixo Alentejo, com valores abaixo de 79 anos.
Nos últimos seis anos, os ganhos mais elevados de longevidade à nascença verificaram-se na região de Leiria (2,08 anos) enquanto os menores registaram-se na região Terras de Trás-os-Montes (0,35 anos).