Ter televisão no quarto não faz bem à saúde das crianças, diz estudo
Investigação da Universidade Estadual do Iowa revela que as crianças com televisão ou jogos no quarto têm menor desempenho académico.
As crianças que têm no quarto uma televisão ou jogos de computador dormem menos, assim como lêem menos. As consequências são fáceis de prever: menor desempenho escolar, maior risco de obesidade e de ser dependente das novas tecnologias, diz um estudo da Universidade Estadual do Iowa, citado pelo Quartz.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
As crianças que têm no quarto uma televisão ou jogos de computador dormem menos, assim como lêem menos. As consequências são fáceis de prever: menor desempenho escolar, maior risco de obesidade e de ser dependente das novas tecnologias, diz um estudo da Universidade Estadual do Iowa, citado pelo Quartz.
Mas há outros riscos associados: podem assistir a programas inadequados para a idade, assim como participar em jogos violentos, o que aumenta os níveis de agressão física, refere Douglas Gentile, professor de psicologia e autor principal do estudo de Psicologia do Desenvolvimento que foi feito nos EUA e na Ásia.
Os responsáveis pelo estudo acompanharam crianças durante um período de 13 e 24 meses e concluíram que aquelas que tinham equipamentos electrónicos no quarto viam mais televisão, o que afectou indirectamente os seus resultados académicos. Pois se viam televisão, não liam.
"Quando a maioria das crianças liga a televisão no seu quarto, provavelmente não assiste a programas educacionais, nem joga jogos educacionais", continua o especialista, referindo ainda que os pais não fazem uma monitorização nem controlam o que vêem ou fazem os miúdos nos seus quartos. Com os smartphones e tablets o risco é ainda maior, continua Gentile. Não há controlo se as crianças e jovens usam esses meios, por exemplo, durante a noite.
Portanto, os investigadores também conseguiram relacionar o tempo à frente do ecrã com o aumento do índice de massa corporal, assim como com a agressividade e sintomas de dependência.
Por isso, a recomendação é para que os pais tenham coragem e lutem por manter todos os equipamentos fora do quarto. É uma batalha a curto prazo, mas os filhos saírão beneficiados com essa decisão, acredita Gentile. "Para os pais, é muito mais fácil não pôr uma televisão no quarto do que tirá-la", reconhece.