Marcelo justifica presença na posse de João Lourenço com fraternidade entre Portugal e Angola

Jornal Expresso avança que o primeiro-ministro, António Costa, não foi convidado para a cerimónia.

Foto
Marcelo já está em Luanda Reuters/PEDRO NUNES

O Presidente de Portugal considerou esta segunda-feira a sua presença em Angola para a cerimónia de investidura do Presidente eleito de Angola, João Lourenço, uma reafirmação da fraternidade entre os povos angolano e português e entre os dois Estados.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O Presidente de Portugal considerou esta segunda-feira a sua presença em Angola para a cerimónia de investidura do Presidente eleito de Angola, João Lourenço, uma reafirmação da fraternidade entre os povos angolano e português e entre os dois Estados.

Marcelo Rebelo de Sousa falava hoje aos jornalistas à chegada a Luanda, no aeroporto internacional 4 de Fevereiro, onde foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores de Angola.

O chefe de Estado português respondeu a um convite de Angola para participar, na terça-feira, na cerimónia de investidura do presidente eleito nas eleições gerais de 23 de Agosto, João Lourenço, e do vice-Presidente, Bornito de Sousa.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, trata-se de um momento "particularmente simbólico", que fundamentalmente traduz o "sentimento forte de milhões de portugueses em relação a milhões de angolanos, sabendo que é recíproco".

"É um sentimento de grande alegria, um sentimento pessoal, mas sobretudo dos portugueses e das portuguesas que eu represento", disse.

Instado pela agência Lusa a comentar o facto de ter sido um dos primeiros chefes de estado a felicitar João Lourenço pela vitória nas eleições, o Presidente português referiu que o relacionamento "mais intenso" entre os dois países justificou a posição.

"Porque o nosso relacionamento é mais intenso do que os outros relacionamentos dos outros Estados e, portanto, isso explica o porquê de, naturalmente, sermos dos primeiros ou mesmo os primeiros, atentos como estávamos ao que se passava, a exprimir aquilo que entendíamos que era muito importante: a felicitação ao presidente eleito e a reafirmação de um relacionamento fraternal entre povos e Estados", frisou.

A nível pessoal, Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que é também grande a sua expectativa, por se tratar de "uma amizade muito grande".

"São expectativas à medida da amizade, é uma amizade profunda entre povos, entre Estados e, portanto, estamos sempre, para além daquilo que em cada momento é preciso ir equacionando, sempre muito empenhados em aprofundar, em adensar, em levar mais longe esse relacionamento", referiu.

Durante a sua estada em Angola, o chefe de Estado português tem programado para hoje um passeio na marginal de Luanda, uma visita à escola portuguesa e à Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto.

Na terça-feira, além de participar na cerimónia de posse pela manhã, para o período da tarde tem previsto, antes do seu regresso, encontros bilaterais e com a comunidade portuguesa.