Merkel quer negociar com o SPD apesar da “nega” de Schulz
Chanceler disse esta segunda-feira que "todos têm a responsabilidade de garantir que vai existir um Governo estável".
Angela Merkel assumiu esta segunda-feira a responsabilidade pelos resultados abaixo do esperado da CDU/CSU, apesar de defender a forma como conduziu a campanha eleitoral. Além disso, e apesar da perspectiva de uma coligação inédita com os liberais do FDP e com os Verdes, a chanceler anunciou que ainda quer sentar-se à mesa com o SPD. Isto apesar do seu líder, Martin Schulz, ter já descartado a continuidade da coligação governamental com os democratas-cristãos de Merkel.
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Angela Merkel assumiu esta segunda-feira a responsabilidade pelos resultados abaixo do esperado da CDU/CSU, apesar de defender a forma como conduziu a campanha eleitoral. Além disso, e apesar da perspectiva de uma coligação inédita com os liberais do FDP e com os Verdes, a chanceler anunciou que ainda quer sentar-se à mesa com o SPD. Isto apesar do seu líder, Martin Schulz, ter já descartado a continuidade da coligação governamental com os democratas-cristãos de Merkel.
“Eu ouvi as palavras do SPD. No entanto, deveríamos continuar em contacto”, afirmou Merkel numa conferência de imprensa, citada pela Reuters. “Penso que todos os partidos têm a responsabilidade de garantir que vai existir um Governo estável”, acrescentou.
“Penso que a campanha eleitoral correu bem”, defendeu a chanceler. No entanto, assumiu a responsabilidade pela maioria frágil que obteve no sufrágio de domingo e pela fragmentação política na Alemanha, nomeadamente em relação a decisões como a abertura das portas aos refugiados e imigrantes em situação irregular que chegavam, na sua maioria, do Médio Oriente.
Sobre a chegada da Alternativa para a Alemanha (AfD) ao Parlamento (sendo o primeiro partido de extrema-direita com presença no Bundestag desde os anos 60), e relativamente à questão da imigração e aos problemas sociais e económicos nas áreas rurais, temas que foram eficientemente explorados pela AfD, Merkel prometeu concentrar-se no essencial e não pensar noutros partidos: “Vou continuar a tentar não falar nos outros, mas vou fazer o trabalho de casa”.