Veículos partilhados: passear de forma barata e ecológica

A tendência veio para ficar e deu este ano mote à Semana Europeia da Mobilidade. Há novas apps para utilizar bicicletas, carros ou motas partilhadas, para pedir boleia ou obter descontos por andar de bicicleta.

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Nuno Ferreira Santos

Os sistemas de partilha de veículos foram este ano o mote para a Semana Europeia da Mobilidade, que terminou esta sexta-feira, e são uma tendência crescente em Portugal e lá fora. Uma forma económica, ecológica e simples de viajar, seja para percorrer os trajectos do dia-a-dia, para as escapadelas de fim-de-semana ou para descobrir um novo destino durante as próximas férias. Desta vez, trazemos três projectos lançados recentemente em Lisboa, para bicicletas, carros e motas – com uma pitada de outros exemplos, para percorrer Europa fora.

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Os sistemas de partilha de veículos foram este ano o mote para a Semana Europeia da Mobilidade, que terminou esta sexta-feira, e são uma tendência crescente em Portugal e lá fora. Uma forma económica, ecológica e simples de viajar, seja para percorrer os trajectos do dia-a-dia, para as escapadelas de fim-de-semana ou para descobrir um novo destino durante as próximas férias. Desta vez, trazemos três projectos lançados recentemente em Lisboa, para bicicletas, carros e motas – com uma pitada de outros exemplos, para percorrer Europa fora.

Começamos pelo novo sistema de bicicletas públicas partilhadas da EMEL que, depois da fase de testes, começou a funcionar oficialmente na terça-feira. Para já, conta com 100 bicicletas, espalhadas por 10 estações instaladas no Parque das Nações. Mas o objectivo é ir crescendo faseadamente, até disponibilizar 1410 bicicletas nas 140 estações previstas em diferentes zonas da cidade. O nome provisório, Lisboa Bike Sharing, foi substituído por Gira – Bicicletas de Lisboa. O que motivou a alteração da marca na aplicação móvel, disponível para sistemas Android e iOS. É através da app que se faz tudo na nova rede de bicicletas de Lisboa – criar um novo utilizador, procurar a doca mais próxima com bicicletas disponíveis, desbloqueá-la para começar a pedalar e, no final, avaliar a experiência e pagar (três passes: diário, mensal e anual, de 10€ a 25€). Existem sistemas semelhantes de bicicletas partilhadas noutras cidades portuguesas (BiCas em Cascais e Bugas em Aveiro, por exemplo), assim como um pouco por todo mundo (no Bike Share Map encontra a localização de milhares de estações associadas a sistemas de bicicletas partilhadas em mais de 100 cidades).

Continuemos em cima de duas rodas, mas agora de motorizada eléctrica, para falar da eCooltra, uma empresa de partilha de scooters que foi lançada originalmente em Barcelona e chegou a Lisboa em Abril deste ano (também está presente em Madrid e Roma). O serviço de aluguer de motas ao minuto conta com 170 veículos espalhados pela capital portuguesa. A forma de utilização é igual, através da app da empresa. A única diferença é que não existem docas (pode-se estacionar em qualquer lugar autorizado, desde que dentro da zona de operação da empresa) nem passes (o custo, taxado ao minuto, é debitado no cartão indicado previamente, como numa viagem na Uber, por exemplo).

O mesmo acontece com os carros da DriveNow, empresa detida pela BMW e pela Sixt e que acaba de chegar a Portugal pela mão da Brisa. A frota internacional conta com 5700 veículos, operando em várias cidades europeias. Por cá, está para já disponível apenas em Lisboa, desde o dia 12. A inscrição custa 10€ (com 30 minutos gratuitos de utilização). Depois, em cada viagem, é cobrado um preço fixo por minuto (depende do carro escolhido). Incluído no preço estão o combustível e o estacionamento. Para já, estão disponíveis 211 veículos, que podem ser utilizados numa área inicial de 48 km2, mas a expectativa é que venha a crescer. A concorrente portuguesa Citydrive, criada em 2014, também renovou a app este ano e deverá chegar pela primeira vez ao Porto este mês.

À boleia

Existe sempre a possibilidade de esticar o dedo à beira da estrada e esperar que algum condutor com o mesmo destino esteja disposto a dar-lhe boleia. Mas já existem muitas plataformas que facilitam o processo, ligando quem quer dar boleia e quem precisa dela, partilhando normalmente os custos associados à viagem. A Via Verde foi uma das empresas mais recentes a pôr um pé no mercado, com o lançamento da app Boleias, em Junho. Outras opções: Deboleia, Viagens Por Tostões, Carpool Portugal ou Galpshare para viagens em território nacional; ou Gogocar e Waze, com uma rede internacional de utilizadores.

Andar de bicicleta dá descontos

Regressamos aos velocípedes para falar da Biklio, uma aplicação móvel portuguesa que recompensa os utilizadores com descontos nos estabelecimentos aderentes. Basta instalar a app, activá-la antes de começar a pedalar e dirigir-se a um spot biklio para ter um “benefício”: uma bola de gelado extra, um café gratuito ou desconto em algum artigo, por exemplo. A app foi lançada oficialmente esta quinta-feira em Lisboa e está em fase de testes em Braga. Brevemente deverá chegar a Torres Vedras e estender-se a outros países europeus, como Itália, Luxemburgo, Bulgária e Países Baixos.