Técnicos de diagnóstico e terapêutica também ameaçam com greve nos próximos dias
Sindicato fala de "uma atitude discriminatória absolutamente deplorável" face a outros profissionais, como os enfermeiros.
Depois dos médicos e dos enfermeiros, com greves pré-anunciadas, a contestação prossegue no sector da saúde. O Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) diz que pode avançar para uma nova greve nos próximos dias. Num comunicado que tem como título “filhos e enteados no sector da saúde”, o sindicato diz que “perante a evolução das negociações do Governo com os médicos e os enfermeiros, o sindicato já fez saber ao Ministério da Saúde que pode voltar à greve nos próximos dias”.
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Depois dos médicos e dos enfermeiros, com greves pré-anunciadas, a contestação prossegue no sector da saúde. O Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) diz que pode avançar para uma nova greve nos próximos dias. Num comunicado que tem como título “filhos e enteados no sector da saúde”, o sindicato diz que “perante a evolução das negociações do Governo com os médicos e os enfermeiros, o sindicato já fez saber ao Ministério da Saúde que pode voltar à greve nos próximos dias”.
“Perante os recentes protestos de outros grupos profissionais, nomeadamente dos enfermeiros, o Governo apressou-se a apresentar propostas quantificadas financeiramente e no tempo, afirmando uma atitude discriminatória absolutamente deplorável”, afirma o presidente do sindicato, Almerindo Rego, em comunicado.
Após uma greve "que terminou com a publicação das novas carreiras dos técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica, o STSS faz um balanço profundamente negativo de todo o processo negocial” e diz que como primeiro ponto de discórdia está o facto de o Ministério das Finanças, “violando o acordo firmado com o STSS, em reunião de Conselho de Ministros ter imposto uma redução de 50% dos lugares do topo da carreira, impedindo a natural expectativa de progressão profissional”. Mais: “Continua a impedir o prosseguimento das negociações das tabelas salariais e transições para a nova carreira, verificando-se um atraso de meses.”
O sindicato dá exemplos do que considera ser “falta de equidade” nas carreiras dos profissionais de saúde. “Para um enfermeiro especialista, nomeadamente em reabilitação, o Governo veio anunciar, para já, um acréscimo de 150 euros, admitindo em 2018 que esses valores sejam ultrapassados, quando os enfermeiros especialistas de reabilitação detêm uma ínfima parte das competências e conhecimentos de um fisioterapeuta.”