Kim diz que Trump vai "pagar caro". Ministro ameaça com bomba H no Pacífico

Presidente norte-americano ameaçou destruir a Coreia do Norte. Líder norte-coreano diz que Trump é "mentalmente perturbado”.

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Kim Jong-un Reuters/KCNA

Numa rara declaração pública, Kim Jong-un respondeu ao discurso de Donald Trump durante a Assembleia-Geral da ONU, prometendo aos Estados Unidos “a contramedida mais dura da história”.

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Numa rara declaração pública, Kim Jong-un respondeu ao discurso de Donald Trump durante a Assembleia-Geral da ONU, prometendo aos Estados Unidos “a contramedida mais dura da história”.

"Não teremos outra alternativa que não seja destruir totalmente a Coreia do Norte. O Rocket Man está numa missão suicida para o seu próprio regime", afirmou Donald Trump, na Assembleia-Geral da ONU, sobre o desenvolvimento do programa nuclear e balístico de Pyongyang.

A resposta de Kim surgiu em comunicado, citado pela agência norte-coreana KCNA. E não foi de meias palavras. Considerando Trump “mentalmente perturbado”, o líder da Coreia do Norte disse que as declarações do Presidente dos EUA foram “a mais feroz declaração de uma guerra na história”.

“As suas declarações convenceram-me, em vez de me meter medo ou de me parar, que o caminho que eu escolhi é o correcto e é aquele que eu tenho de seguir até à última”, disse Kim, citado pela Reuters.

“Como o homem a representar a República Democrática Popular da Coreia e em nome da dignidade e honra do meu Estado e do povo e da minha própria, eu farei com que o homem que é titular da prerrogativa do comando supremo nos EUA pague caro pelo seu discurso”, ameaçou ainda Kim Jong-un.

Horas depois, o ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano disse que o seu país poderá lançar, como forma de teste, uma bomba nuclear de hidrogénio para o oceano Pacífico, como parte da “resposta ao mais alto nível” contra os EUA.

“Poderá tratar-se da mais poderosa das detonações de uma bomba H no Pacífico”, disse Ri Yong-ho aos órgãos de comunicação sul-coreanos no hotel em Nova Iorque, onde se encontra para assistir à 72.ª Assembleia Geral da ONU.

As declarações de Kim e do seu ministro surgem também horas depois de Donald Trump ter anunciado um novo pacote de sanções contra as entidades financeiras e particulares que estejam a realizar transacções comerciais com a Coreia do Norte. Segundo o Presidente dos EUA, o banco central da China, país que é o principal parceiro comercial dos norte-coreanos, ordenou igualmente que as instituições bancárias chinesas parem de negociar com Pyongyang.