Portugal avança para emissão inédita de dívida na China
Finanças procuram novos mercados com emissão de dívida pública que pode chegar aos 380 milhões de euros.
O Tesouro português já nomeou os bancos que irão passar à prática, até ao final do ano, uma emissão de dívida publica portuguesa destinada ao mercado chinês.
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O Tesouro português já nomeou os bancos que irão passar à prática, até ao final do ano, uma emissão de dívida publica portuguesa destinada ao mercado chinês.
A informação foi dada pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, à agência Reuters, que noticia esta quinta-feira que a emissão, realizada em divisa chinesa, poderá atingir um máximo de 3000 milhões de iuans, um valor que corresponde a 380 milhões de euros à cotação actual.
Os bancos escolhidos para a operação são a Caixa Geral de Depósitos, o Bank of China e o HSBC, sendo que o banco central chinês já deu a sua autorização para a realização da emissão.
De acordo com a Reuters, Portugal pode, com esta operação, tornar-se no primeiro país da zona euro a usar o mercado chinês para emitir dívida. Em declarações à agência de notícias, Mário Centeno explica o porquê desta escolha do Governo: “Temos tentado alargar o leque de investidores que compram a nossa dívida e, até agora, fizemo-lo colocando títulos de dívida no mercado a retalho. A China é interessante porque é um mercado de grande dimensão”.
O anúncio da entrada da dívida portuguesa na China menos de uma semana depois de a Standard & Poor’s ter elevado o rating português para um grau acima de “lixo”, uma decisão que pode vir a alargar também o leque de investidores que estão disponíveis para adquirir títulos portugueses.