Número de ligações da Ryanair canceladas em Portugal sobe para 346
Aeroportos de Lisboa e Porto são os mais afectados. Ao todo, são 173 voos que estavam programados até final de Outubro.
A Ryanair vai cancelar 346 ligações (173 voos) de e para Portugal, desde a próxima quinta-feira até ao final de Outubro, de acordo com a lista publicada na página da companhia aérea na Internet.
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A Ryanair vai cancelar 346 ligações (173 voos) de e para Portugal, desde a próxima quinta-feira até ao final de Outubro, de acordo com a lista publicada na página da companhia aérea na Internet.
Na sexta-feira, a companhia aérea de baixo custo anunciou o cancelamento de 40 a 50 voos por dia durante seis semanas, até ao final de Outubro, num total de cerca de 2000 voos, com o objectivo de "melhorar a sua pontualidade”, que diz ter caído “abaixo de 80%” nas duas primeiras semanas de Setembro.
A lista agora divulgada na página da Internet, com todos os voos abrangidos, mostra que serão cancelados entre seis e 14 ligações diárias de e para Portugal (entre três e sete voos, respectivamente) até ao final de Outubro.
Nas seis semanas em causa, só serão canceladas seis ligações (três voos) de e para o aeroporto de Faro e oito ligações de e para a Terceira (Açores), o que corresponde a quatro voos.
Os aeroportos de Lisboa e do Porto serão os principais afectados com este cancelamento de voos da companhia de baixo custo, o que terá mais impacto no Francisco Sá Carneiro tanto em termos absolutos (o número de voos cancelados é maior), como em termos relativos já que a operação da Ryanair tem mais impacto nesta infraestrutura do que no aeroporto Humberto Delgado.
Na segunda-feira, o presidente-executivo da Ryanair, Michael O'Leary, assegurou que o cancelamento de voos nas próximas seis semanas não se deve a falta de pilotos, mas a um "erro" na distribuição de férias, tendo assumido "toda a responsabilidade pessoal".
Numa conferência de imprensa realizada em Dublin, sede da companhia aérea, O'Leary pediu desculpas aos milhares de passageiros que serão afectados por esta medida, mas insistiu que apenas serão afectados 2% de todos os voos da companhia, líder na Europa no sector baixo custo.
"Não temos falta de pilotos. Houve uma falha na distribuição das férias e não temos uma reserva de pessoal suficiente para enfrentar os transtornos sofridos, como os provocados por controladores ou pela climatologia", explicou o dirigente.
Segundo O'Leary, faltam pilotos e pessoal de cabine para substituir os que estão de férias em Setembro e Outubro ou para substituir as equipas de voo que ficam retidas, como aconteceu em Barcelona no passado fim-de-semana, devido a "uma tempestade".
Neste contexto, "temos que suspender cerca de 50 voos" diários durante as próximas seis semanas, "enquanto temos estes problemas" com o pessoal, para corrigir a pontualidade, apontou, citado pela agência Efe.