Trump chamou "idiota" a Sessions e disse-lhe para se demitir

Para Trump, a escolha do attorney general foi a pior decisão da sua vida.

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A tomada de posse de Sessions. Segundo Trump, esta foi a pior decisão da sua vida Reuters

Em Maio, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou "idiota" ao attorney general (equivalente a ministro da Justiça), Jeff Sessions, e disse-lhe que devia demitir-se. Segundo o New York Times, o episódio teve lugar na Sala Oval e, apesar da humilhação pública (estavam outras pessoas na sala além dos dois), Sessions resistiu.

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Em Maio, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou "idiota" ao attorney general (equivalente a ministro da Justiça), Jeff Sessions, e disse-lhe que devia demitir-se. Segundo o New York Times, o episódio teve lugar na Sala Oval e, apesar da humilhação pública (estavam outras pessoas na sala além dos dois), Sessions resistiu.

Segundo o jornal, a 17 de Maio Trump reuniu os seus principais conselheiros para falar sobre a possível substituição do director do FBI, James Comey, que foi despedido no final desse mês. Na reunião, o conselheiro Don McGahn recebeu um telefonema do vice- Attorney General Rod Rosenstein, a avisar que o antigo director do FBI Robert Mueller tinha sido nomeado por Sessions para investigar as suspeitas de colaboração da Rússia na campanha eleitoral de Trump, em 2016.

Segundo a edição de quinta-feira do New York Times, Trump ficou furioso com a nomeação de Mueller e chamou "idiota" a Sessions, entre outros insultos. A seguir, acusou Sessions de ser "desleal" e disse-lhe que nomeá-lo tinha sido a pior decisão da sua vida.

Este acabaria por apresentar a demissão em Junho – depois de o Presidente, quando questionado sobre o tema, ter recusado dizer se mantinha a sua confiança no attorney general –, mas Trump não a aceitou. O Presidente chegou a dizer publicamente que se soubesse que Sessions não o iria apoiar na investigação sobre a Rússia, não o tinha escolhido para o lugar – Sessions decidiu retirar-se da investigação, nomeando um investigador especial, Mueller, uma decisão que Trump considerou "muito injusta para o Presidente".

Segundo a CNN, Trump foi aconselhado a manter Sessions no lugar para não criar mais problemas, depois do impacte negativo do afastamento de Comey e do conselheiro de segurança nacional Michael Flynn.