Protesto dos enfermeiros leva a fecho da avenida da Índia, em Lisboa
Enfermeiros em greve desfilam em Lisboa.
A avenida da Índia, em Lisboa, está fechada desde as 14h desta sexta-feira ao trânsito, nos dois sentidos devido à manifestação dos enfermeiros, disse fonte oficial da PSP.
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A avenida da Índia, em Lisboa, está fechada desde as 14h desta sexta-feira ao trânsito, nos dois sentidos devido à manifestação dos enfermeiros, disse fonte oficial da PSP.
A avenida da Índia estará encerrada entre o Centro Cultural de Belém e a rua D. Carlos I e com fortes restrições na zona do Cais do Sodré.
Segundo o comissário Pimentel, da PSP, as restrições de circulação deixarão de vigorar à medida que os enfermeiros forem chegando à Assembleia da República, para onde segue o protesto que decorreu junto ao Palácio de Belém.
Os enfermeiros irão ser recebidos no parlamento pelo menos pelo grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, disse à agência Lusa o delegado sindical Luís Mós.
Depois do protesto junto ao parlamento, os enfermeiros seguem para a residência oficial do primeiro-ministro, levando a restrições no trânsito também na Calçada da Estrela e na rua de S. Bento.
Os enfermeiros cumprem hoje o último de cinco dias de greve nacional, sendo que, durante os quatro primeiros dias de paralisação a adesão dos profissionais rondou valores entre os 80 e os 90%, segundo o Sindicato dos Enfermeiros, que marcou a protesto em conjunto com o Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem.
Várias cirurgias programadas foram adiadas e muitas consultas foram canceladas.
Os enfermeiros reivindicam a introdução da categoria de especialista na carreira de enfermagem, com respectivo aumento salarial, bem como a aplicação do regime das 35 horas de trabalho para todos os enfermeiros, mas a Secretaria de Estado do Emprego considerou irregular a marcação desta greve, alegando que o pré-aviso não cumpriu os
Também nesta sexta-feira, o presidente do Sindicato dos Enfermeiros afirmou que avançará para uma nova greve oito a 15 dias depois das eleições autárquicas, marcadas para 1 de Outubro, caso o Governo não satisfaça algumas das suas exigências.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do sindicato, José Azevedo, disse que considera a reestruturação das carreiras de enfermagem como uma das reivindicações mais importantes.
"Retomaremos uma greve 8 a 15 dias depois das eleições autárquicas", afirmou o dirigente sindical, que está a participar na manifestação junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, onde estarão, neste momento e segundo as contas do sindicato, mais de 2000 enfermeiros.
José Azevedo adiantou que, por enquanto, o Sindicato dos Enfermeiros não vai juntar-se ao outro sindicato, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, na greve de 3, 4 e 5 de Outubro, marcada na quinta-feira.
O Sindicato dos Enfermeiros prefere realizar uma paralisação autónoma e que "nada tenha a ver com as eleições", explicou.
O sindicalista estima ainda que uma nova greve possa ter "serviços mínimos mais reduzidos".