Jerónimo dá mais um sinal de que PCP poderá aprovar OE2018

Secretário-geral do PCP disse que fim do corte do subsídio de desemprego poderá levar a viabilização do Orçamento do Estado por parte dos comunistas.

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Jerónimo de Sousa esteve na zona do Algarve LUSA/LUÍS FORRA

Depois de ter dispensado os "conselhos venenosos" de Marques Mendes, que colocou o cenário de uma abstenção do PCP nas votações do Orçamento do Estado, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, admitiu esta sexta-feira que o fim do corte no subsídio de desemprego, é uma possibilidade "mais do que real" para que os comunistas aprovem o Orçamento de Estado para 2018.

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Depois de ter dispensado os "conselhos venenosos" de Marques Mendes, que colocou o cenário de uma abstenção do PCP nas votações do Orçamento do Estado, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, admitiu esta sexta-feira que o fim do corte no subsídio de desemprego, é uma possibilidade "mais do que real" para que os comunistas aprovem o Orçamento de Estado para 2018.

"O fim do corte de dez por cento no subsidio de desemprego, é mais do que uma possibilidade real para aprovarmos o Orçamento de Estado", disse aos jornalistas Jerónimo de Sousa, durante uma arruada da pré-campanha autárquica em Lagos, no Algarve.

O secretário-geral do PCP garantiu que "é possível concretizar rapidamente" o objectivo que os comunistas "andam há dois anos a colocar nas discussões do Orçamento", revelando que "a matéria tem estado em apreciação".

"Verificamos uma maior disponibilidade do Governo e oxalá ela se mantenha e se concretize", destacou.

Durante a arruada na cidade algarvia de Lagos, que juntou algumas dezenas de apoiantes, o líder comunista disse também que sobre o aumento do salário mínimo, "não há ainda uma identificação comum e uma solução concreta" com o PS.

"É uma luta que também temos vindo a travar nos dois últimos anos, mas não há ainda uma identificação comum e uma solução concreta que, do nosso ponto de vista, não pode invalidar este esforço e empenhamento que estamos a fazer e que afeta cerca de 700 mil trabalhadores", sublinhou.

Para o líder comunista, seria possível que o salário mínimo pudesse aumentar para os 600 euros já em 2018. "Por nós, sim, mas não posso garantir que o Governo do PS acompanhe", sublinhou.

 

Antes, Jerónimo já havia dado sinais de que o PCP deveria aprovar o Orçamento. "Assumiremos a palavra dada em relação ao exame comum [da proposta] de Orçamento do Estado. Desiludam-se os dirigentes do PSD que andam aí a fazer vaticínios, a mandar palpites em relação à posição do PCP. Partindo do nosso princípio, votaremos a favor daquilo que é positivo para o povo, para os trabalhadores e para o país, mas, naturalmente, votaremos contra aquilo que é negativo para o povo", disse, num comício em Sintra, há uma semana.