Elefantes no Tejo, skate, concertos e arte urbana: está aí o segundo Festival Iminente
Nesta segunda edição do festival, que regressa ao Jardim Municipal de Oeiras, DJ Ride, Carminho, Batida ou Orelha Negra estão entre o palco e os carrinhos de choque, Kruella d'Enfer, ±maismenos± ou Teresa Esgaio são alguns dos artistas chamados a intervir.
Na sua segunda edição, o Festival Iminente quer “elevar ao próximo nível” a experiência de um evento que mistura arte urbana e música, que fez de Marcelo Rebelo de Sousa uma instalação ansiosa por umas selfies e que se propõe cruzar o sonho e a produção cultural. No Jardim Municipal de Oeiras, elefantes de grafite entram no Tejo, um half-pipe põe-se a jeito para o skate e a pele prepara-se para a tatuagem – tudo com a marca da cultura urbana, porque entre esta sexta-feira e domingo não há espaço sem intervenção (os bilhetes é que já estão esgotados).
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Na sua segunda edição, o Festival Iminente quer “elevar ao próximo nível” a experiência de um evento que mistura arte urbana e música, que fez de Marcelo Rebelo de Sousa uma instalação ansiosa por umas selfies e que se propõe cruzar o sonho e a produção cultural. No Jardim Municipal de Oeiras, elefantes de grafite entram no Tejo, um half-pipe põe-se a jeito para o skate e a pele prepara-se para a tatuagem – tudo com a marca da cultura urbana, porque entre esta sexta-feira e domingo não há espaço sem intervenção (os bilhetes é que já estão esgotados).
O Iminente faz-se destas expressões da cultura urbana, das artes ao desporto, e também de nomes: o de Vhils, o mais internacional dos artistas saídos deste cadinho da arte urbana portuguesa, o de ±maismenos±, que continua a intervir de forma política no espaço (foi Miguel Januário que pôs Marcelo a espreitar atrás das árvores em 2016, ou que transformou a barraca das farturas na barraca das Facturas da Sorte com a perturbadora sinalética das Finanças a misturar-se com o açúcar e a canela), mas também Bordalo II, Contra, Kruella d'Enfer, Maria Imaginário, os designers do Estúdio Pedrita ou Glam, Jorge Charrua e FAHR 021.3. Teresa Esgaio é a responsável pelos elefantes de rio, Pedro Coquenão, sob a forma Batida, vai montar uma “emissão de rádio mas as pessoas é que vão ter de descobrir a frequência”, explica Adilson Lima, um dos fundadores do Iminente, ao PÚBLICO.
Quase todos os espaços do evento estão intervencionados – a rampa de skate vai estar trabalhada por Caver, uma parede de portões estará repleta de arte dos veteranos Mosaik, Obey SKTR e Youthone, um totem de dez metros de altura junta artistas distintos. Fábio Colaço e Berru vão ocupar a estufa; o contentor da galeria de arte urbana Underdogs será palco de uma intervenção do street artist argentino Felipe Pantone e terá “uma varanda para se relaxar um bocadinho e ver o festival com outros olhos”, explica Adilson Lima.
Os bilhetes diários, a cinco euros, esgotaram num mês e os primeiros à venda voaram em apenas quatro horas, segundo a organização. Dos cerca de três mil visitantes esperados, alguns poderão mesmo sair do Iminente com ele na pele. Um estúdio de tatuagens foi montado para que artistas da pele e artistas da rua se juntem em trabalhos únicos de maneira a que os fãs, mediante inscrição, possam “deixar o Iminente no espírito e no corpo”, sugere o organizador.
Quanto ao cartaz musical, Lima descreve-o como “heterogéneo”, entre o fado de Carminho no domingo e o punk funaná dos Scúru Fitchádu na sexta. Ao longo destes três dias, a partir das 16h20 (sexta) ou das 15h (fim-de-semana), passam pelo palco e pela pista de carrinhos de choque (que será sobretudo a casa dos sets DJ) Orelha Negra, Allen Halloween, You Can't Win, Charlie Brown, Capitão Fausto, Slow J, Throes + The Shine, Kroniko, Mike El Nite, TRKZ, Young e os DJ Yen Sung, Marfox e Nervoso (sexta-feira), Capicua, Chullage e convidados, Xinobi e Moullinex, Cachupa Psicadélica, Vado Más Ki As, Branko ou Hollyhood e convidados (sábado), os Pro Seeds, Noiserv, Bruno Pernadas, Rock Marsiano e Meu Kamba Sound ou o DJ Maskarilha (domingo). Os espectadores que vão passar pelo segundo Iminente estão unidos “pelo bom gosto”, ri-se Adilson Lima, mas sobretudo “pela curiosidade”. Domingo, ao início da tarde, o programa inclui ainda um workshop de graffiti aberto ao público.
Em Julho deste ano, o Iminente fez uma edição em Londres e prepara-se para continuar a expandir-se para outras zonas, mas ainda não são conhecidos pormenores.