Criança morre na Guarda com intoxicação por medicamentos. PJ suspeita da mãe

O homicídio da criança de nove anos por parte da mãe, que "tentou suicidar-se a seguir", é "hipótese mais provável".

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Adriano Miranda

Uma criança morreu esta terça-feira na localidade de Sortelhão, Guarda, na sequência de uma presumível intoxicação por medicamentos, embora a informação inicial tivesse apontado para uma intoxicação com monóxido de carbono. A morte do menino de nove anos poderá ter sido causada pela sua mãe, disse à agência Lusa fonte da Polícia Judiciária (PJ) local.

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Uma criança morreu esta terça-feira na localidade de Sortelhão, Guarda, na sequência de uma presumível intoxicação por medicamentos, embora a informação inicial tivesse apontado para uma intoxicação com monóxido de carbono. A morte do menino de nove anos poderá ter sido causada pela sua mãe, disse à agência Lusa fonte da Polícia Judiciária (PJ) local.

Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) da Guarda disse inicialmente à agência Lusa suspeitar-se de uma presumível intoxicação por monóxido de carbono, mas posteriormente adiantou que a morte da criança "foi alegadamente provocada por comprimidos".

Segundo a fonte da PJ, o caso está na fase inicial de investigação, mas a "hipótese mais provável" é a de homicídio da criança por parte da mãe, que "tentou suicidar-se a seguir" com medicamentos. A mulher foi assistida no local e transportada posteriormente para o serviço de urgências do Hospital da Guarda.

Segundo a mesma fonte, a intoxicação ocorreu no interior de uma casa de habitação da aldeia de Sortelhão, freguesia de Santana da Azinha, no concelho da Guarda, e vitimou um menino com nove anos, corrigindo também a informação inicial de que a vítima teria "cerca de 12 anos".

O CDOS da Guarda adiantou à Lusa que o alerta foi dado cerca das 16h39 e as circunstâncias da morte da criança estão a ser investigadas pelas autoridades policiais — GNR e Polícia Judiciária — que compareceram no local.

O comandante dos Bombeiros Voluntários da Guarda, Paulo Sequeira, contou à Lusa que quando os bombeiros chegaram ao local depararam "com duas vítimas" — a criança e a mãe —, sendo que a mãe estava consciente e o filho encontrava-se em paragem cardiorrespiratória.

Em relação à criança, explicou que os bombeiros e os elementos da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) da Guarda realizaram "manobras de reanimação e suporte avançado de vida, mas sem êxito".

A mãe foi assistida e foi posteriormente transportada para o serviço de urgências do Hospital da Guarda, disse.

Segundo o CDOS, estiveram no local um total de 12 homens e sete viaturas dos bombeiros, da GNR, da Polícia Judiciária e da VMER da Guarda.