Este ano, "perto de uma dezena" de enfermeiros pediram insolvência

Ordem dos Enfermeiros estabelece relação directa com "precariedade da profissão". "Estão a deteriorar-se as condições de trabalho e aumentam este tipo de casos", diz o tesoureiro da Ordem.

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A Ordem receia que mais casos possam aparecer nos próximos tempos REUTERS/Stefan Wermuth

De Janeiro até ao início de Setembro, "perto de uma dezena" de enfermeiros apresentaram pedidos de insolvência, revelam os despachos que a Ordem recebeu dos tribunais. O número é avançado por Fernando Macedo, tesoureiro da Ordem, que estabelece uma relação directa com a "precariedade da profissão". "Estão a deteriorar-se as condições de trabalho e aumentam este tipo de casos", diz.

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De Janeiro até ao início de Setembro, "perto de uma dezena" de enfermeiros apresentaram pedidos de insolvência, revelam os despachos que a Ordem recebeu dos tribunais. O número é avançado por Fernando Macedo, tesoureiro da Ordem, que estabelece uma relação directa com a "precariedade da profissão". "Estão a deteriorar-se as condições de trabalho e aumentam este tipo de casos", diz.

Estes são os pedidos "já resolvidos" pela Ordem, que aceitou para todos o perdão da dívida e passou a suportar o pagamento das suas cotas (nove euros por mês). Para além destes, destaca Fernando Macedo, "há muitos outros pedidos que deram entrada e ainda não foram analisados pelos serviços". O tesoureiro alerta que, "até ao final do ano, vão aparecer mais casos".

A bastonária vai mais longe: "O que me dizem os serviços da Ordem é que isto não acontecia no passado." Ana Rita Cavaco diz que o problema deve ser encarado "do ponto de vista da vida destes enfermeiros". "Eles também são gente, precisam de resolver a sua vida. Estes enfermeiros insolventes continuam a trabalhar, precisam da cédula para isso e não conseguem pagar nove euros de quotas por mês.”