Conselho de Segurança da ONU aprova novas sanções contra a Coreia do Norte
Decisão unânime abrange importações de petróleo e exportações de têxteis. A China é o principal país de origem e de destino desses produtos.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu esta segunda-feira, de forma unânime, aplicar novas sanções à Coreia do Norte na sequência do sexto e mais forte teste nuclear realizado, no início deste mês, por Pyongyang.
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O Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu esta segunda-feira, de forma unânime, aplicar novas sanções à Coreia do Norte na sequência do sexto e mais forte teste nuclear realizado, no início deste mês, por Pyongyang.
Segundo a Reuters, as novas sanções prevêem a limitação da importação de petróleo e congela as exportações de têxteis a partir da Coreia do Norte. O objectivo é impedir a entrada de fundos necessários à manutenção e desenvolvimento do programa nuclear de Pyongyang, aumentando assim a pressão para que o regime de Kim Jong-un se sente à mesa das negociações.
Este é o nono pacote de sanções adoptado pelo Conselho de Segurança da ONU contra a Coreia do Norte desde 2006 devido aos programas balísticos e nucleares daquele país.
Os têxteis foram o segundo produto mais exportado por Pyongyang em 2016, criando rendimentos que ascenderam aos 752 milhões de dólares (mais de 625 milhões de euros). Quase 80% das exportações tiveram como destino a China.
Esta resolução impõe, entre outras coisas, o congelamento da entrada de condensados e líquidos de gás natural e um tecto máximo de 8,5 milhões de barris petróleo refinado e bruto por ano em importações. A China é o país que mais fornece petróleo a Pyongyang.
O Washington Post cita uma fonte oficial norte-americana próxima às negociações que levaram a estas sanções que calcula que a resolução decidida abrange mais de 90% das exportações da Coreia do Norte.
Os Estados Unidos e os seus aliados pretendiam, apesar de tudo, sanções mais fortes do que as agora decididas. No entanto, e nos últimos dias, foram encetadas negociações para que se chegasse a um consenso que permitisse a aprovação da China e da Rússia.
Pequim, principal parceiro económico da Coreia do Norte, sempre se mostrou relutante a este tipo de medidas argumentando que isso poderá levar ao colapso norte-coreano provocando, como consequência, uma vaga de refugiados nas suas fronteiras. Moscovo, por sua vez, também a braços com sanções da ONU devido à anexação da Crimeia, é, desde aí, contra este tipo de pacotes.