Ensino superior: apostas do Governo com crescimento de 10%

Tutela autorizou aumento excepcional de vagas em cursos de Informática e Física e os alunos corresponderam.

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As universidades e politécnicos responderam a estas indicações da tutela criando 294 novas vagas nestas duas áreas EPA/DAVID ARQUIMBAU

Quando, em Junho, o Ministério da Ciência e Ensino Superior emitiu as orientações para que as instituições fixassem as vagas para o novo ano lectivo, duas áreas de estudos foram tratadas como excepção. Em regra, universidades e politécnicos tinham que manter o mesmo número total de vagas, mas nos cursos de Física e, no caso das instituições do interior, também na área de sistemas de informação, os lugares puderam este ano aumentar. Os estudantes responderam à aposta da tutela: o número de colocados nessas duas áreas cresceu 10%.

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Quando, em Junho, o Ministério da Ciência e Ensino Superior emitiu as orientações para que as instituições fixassem as vagas para o novo ano lectivo, duas áreas de estudos foram tratadas como excepção. Em regra, universidades e politécnicos tinham que manter o mesmo número total de vagas, mas nos cursos de Física e, no caso das instituições do interior, também na área de sistemas de informação, os lugares puderam este ano aumentar. Os estudantes responderam à aposta da tutela: o número de colocados nessas duas áreas cresceu 10%.

Nos cinco cursos de Física — que ofereciam um total de 147 vagas — apenas sobraram três lugares, todos na Universidade de Aveiro. Em Engenharia Física (há seis cursos no país), os 219 lugares disponíveis foram todos ocupados e o mestrado integrado de Engenharia Física Tecnológica, do Instituto Superior Técnico, em Lisboa, é mesmo o segundo curso com a média de entrada mais elevada do país. O último dos 60 colocados teve uma nota de acesso de 18,75 valores.

Esta tendência de aumento da procura por parte dos estudantes é semelhante nos cursos de informática. Das 3705 vagas disponíveis, ficaram por ocupar 339 (9%). Os lugares sobrantes estão em apenas 16 dos 59 cursos que são oferecidos nesta área nas instituições do ensino público.

No despacho orientador para a fixação de vagas no ensino superior para este ano lectivo, a tutela fazia duas recomendações às instituições. Por um lado, defendia que fossem abertos, preferencialmente, lugares em cursos nas áreas das tecnologias de informações, tendo em conta os objectivos para a literacia digital fixados pelo Governo até 2030. A outra área considerada prioritária foi a da Física, uma opção justificada pela “elevada carência específica de profissionais” no sector da Saúde. Em causa está a formação em Física Tecnológica necessária nesta área.

As universidades e politécnicos responderam a estas indicações da tutela criando 294 novas vagas nestas duas áreas. Em nove cursos de Física ou Engenharia Física havia mais 72 lugares do que no ano passado. O crescimento na área da Informática foi ainda maior. Em 11 cursos de Engenharia Informática houve mais 86 vagas. A estas juntaram-se outras 136 em licenciaturas e mestrados integrados de Informática ou Computação.