Francisco George pressiona enfermeiros para encontrarem consensos
O director-geral da Saúde não quer grávidas sem serviço especializado de enfermagem e apela à responsabilidade dos enfermeiros.
O diretor-geral da Saúde, Francisco George, manifestou-se nesta sexta-feira preocupado com o protesto dos enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia e apelou à responsabilidade dos profissionais e a consensos para ultrapassar a situação.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O diretor-geral da Saúde, Francisco George, manifestou-se nesta sexta-feira preocupado com o protesto dos enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia e apelou à responsabilidade dos profissionais e a consensos para ultrapassar a situação.
Francisco George mostrou-se preocupado com "a eventualidade da ausência de cuidados de enfermagem durante o período mais importante da vida, que é o nascimento", disse, em declarações à Lusa.
"Apelo de uma forma muito clara, em nome dos interesses de mães, das crianças, do interesse público, a consensos, à responsabilidade. E gostaria que os enfermeiros de ora em diante olhassem para as questões das valorizações das respectivas carreiras sem ameaçarem nem colocarem em risco o trabalho tão importante que é o nascimento de uma criança", declarou o diretor-geral da Saúde.
Para Francisco George é "absolutamente essencial" que as grávidas, as parturientes e as crianças "tenham todos os cuidados especializados", que foram responsáveis por colocar Portugal "num lugar cimeiro a nível mundial" quanto aos indicadores de saúde materno-infantil.
Os enfermeiros de saúde materna e obstetrícia reclamam o pagamento pela sua especialização, pela qual ainda não são remunerados, estando, pela segunda vez, a realizar um protesto que passa por não cumprirem as suas funções especializadas.
Este protesto afecta blocos de parto e outro tipo de serviços ou assistência a grávidas.
O primeiro protesto dos enfermeiros de saúde materna e obstetrícia ocorreu em Julho, tendo sido interrompido para negociações com o Ministério da Saúde. Entretanto, os enfermeiros voltaram ao protesto há duas semanas por considerarem que o Governo não apresentava contrapropostas nem estava numa negociação séria.