Sindicato diz que Autoeuropa já está a rever horários
A administração da Autoeuropa está a tentar reduzir o número de sábados que cada trabalhador terá de fazer para cumprir os níveis de produção previstos para o novo veículo T-Roc, garante o SIMA
"Dizia-se que a Autoeuropa não ia rever os horários, mas os responsáveis da empresa já estão a trabalhar nesse sentido", disse à Lusa o secretário-geral do SIMA - Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins, José António Simões, após uma reunião efectuada esta sexta-feira à tarde com responsáveis da fábrica de automóveis de Palmela, no distrito de Setúbal.
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"Dizia-se que a Autoeuropa não ia rever os horários, mas os responsáveis da empresa já estão a trabalhar nesse sentido", disse à Lusa o secretário-geral do SIMA - Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins, José António Simões, após uma reunião efectuada esta sexta-feira à tarde com responsáveis da fábrica de automóveis de Palmela, no distrito de Setúbal.
De acordo com o sindicalista, que classificou a reunião como "séria e produtiva", a administração da Autoeuropa também manifestou disponibilidade para acautelar a situação dos casais que trabalham na empresa, para poderem conciliar o trabalho com a vida familiar.
Questionado pela Lusa, o dirigente do SIMA, afecto à UGT, desvalorizou o facto de a Autoeuropa ter manifestado a intenção de só assinar um novo acordo sobre os horários de trabalho com a futura Comissão de Trabalhadores, que será eleita dia 3 de Outubro, porque, diz, a empresa também está a ter uma posição correta e a dialogar com os sindicatos.
Na quinta-feira, os responsáveis da Autoeuropa já tinham recebido uma delegação do Sitesul - Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul, afecto à CGTP e o mais representativo na empresa, que classificou a reunião como "muito produtiva".
Em comunicado divulgado esta sexta-feira, o Sitesul refere que "a administração da empresa reconheceu que o modelo de horário apresentado continha aspectos negativos para a vida dos trabalhadores, do ponto de vista social, familiar e económico".
O documento salienta ainda o facto de a proposta de novos horários já ter sido rejeitada em quatro plenários de trabalhadores e de ter levado à greve realizada no dia 30 de Agosto, a primeira paralisação geral da unidade por razões laborais na Autoeuropa.
Com os novos horários que a administração da Autoeuropa pretendia colocar em prática a partir de Novembro, os trabalhadores passariam a ter uma folga fixa ao domingo e uma folga rotativa nos outros dias da semana, pelo que só poderiam gozar dois dias de folga consecutivos quando a rotativa fosse ao sábado ou à segunda-feira.