Comissão Eleitoral angolana confirma vitória do MPLA
João Lourenço é o novo Presidente. Tomada de posse marcada para dia 20 de Setembro.
Os resultados finais das eleições gerais de Angola, que se realizaram a 23 de Agosto, foram divulgadas pela Comissão Eleitoral. Confirmam a vitória do MPLA por 61% dos votos, o que significa que João Lourenço, o cabeça de lista do partido, é o Presidente eleito.
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Os resultados finais das eleições gerais de Angola, que se realizaram a 23 de Agosto, foram divulgadas pela Comissão Eleitoral. Confirmam a vitória do MPLA por 61% dos votos, o que significa que João Lourenço, o cabeça de lista do partido, é o Presidente eleito.
Sucede a José Eduardo dos Santos. A tomada de posse está marcada para 20 de Setembro.
A UNITA é a segunda força política do país, tendo obtido 26,67% dos votos, seguindo-se a coligação de partidos CASA-CE, com 9,44%.
Os resultados definitivos por província já estão publicados no site da Comissão Eleitoral.
Antes da divulgação dos resultados, soube-se que houve um reforço de segurança. Fontes em Angola disseram ao PÚBLICO que a segurança foi reforçada em algumas áreas do centro da capital, Luanda, para o caso de haver protestos após a divulgação - por exemplo, junto à Praça 1.º de Maio. Em alguma fotografias que circulavam nas redes sociais via-se um forte aparato policial. Porém, acrescentam as fontes, não havia nada até ao início da tarde que indicasse a existência de um protesto organizado.
Uma nota do Ministério do Interior angolano do início de Setembro para os comandos provinciais da polícia, a que o PÚBLICO teve acesso, diz quais as medidas a adoptar ao "avizinhar-se" a data da divulgação dos resultados eleitorais, "tendo em conta os pronunciamentos dos partidos da oposição", que contestaram os resultados provisórios anunciados.
A Comissão Eleitoral analisou os protestos dos partidos UNITA, FNLA, PRS, APN e CASA-CE, que consideraram ter havido irregularidades na contagem dos votos e na divulgação dos resultados parciais - que deram a vitória ao MPLA mas sem maioria qualificada (mais de dois terços), o partido no poder e do Presidente cessante, José Eduardo dos Santos, que depois de 37 anos no poder não se recandidatou. Os protestos foram considerados sem fundamento.
Diz a nota do Ministério do Interior que deve ser reforçado o policiamento nos locais de maior concentração populacional, como praças públicas onde decorrem habitualmente manifestações; que deve ser feita segurança reforçada às instalações da Comissão Eleitoral, que a polícia deve "assegurar as sedes das forças políticas concorrentes e seus líderes" e que as forças devem informar rapidamente os serviços sobre "tentativas de manifestações ou outros actos relevantes".