Manuel Machado não fica na Câmara de Coimbra caso não seja presidente. Jaime Ramos não responde
Restantes candidatos à presidência do executivo garantiram, durante um debate, que cumprirão o mandato como vereadores.
Os candidatos à presidência da Câmara Municipal de Coimbra pelos dois maiores partidos não garantem a permanência no executivo, se forem apenas eleitos vereadores. O actual presidente, o socialista Manuel Machado, diz muito claramente que, se não for para assumir a presidência, não fica no executivo. Já Jaime Ramos, candidato pela coligação PSD/CDS, optou por não dizer o que fará se não for o mais votado nas eleições de 1 de Outubro.
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Os candidatos à presidência da Câmara Municipal de Coimbra pelos dois maiores partidos não garantem a permanência no executivo, se forem apenas eleitos vereadores. O actual presidente, o socialista Manuel Machado, diz muito claramente que, se não for para assumir a presidência, não fica no executivo. Já Jaime Ramos, candidato pela coligação PSD/CDS, optou por não dizer o que fará se não for o mais votado nas eleições de 1 de Outubro.
Durante o segundo debate entre os candidatos à Câmara de Coimbra (o primeiro foi transmitido na semana passada pela RTP3) que decorreu no Teatro da Cerca de S. Bernardo, na Baixa da cidade, todos os restantes candidatos à autarquia afirmaram que serão vereadores, caso não tenham votos para chegar à presidência.
O encontro promovido pela Associação para a Promoção da Baixa de Coimbra tinha como tema o centro histórico da cidade, mas, a menos de um mês das eleições, cedo se percebeu que os candidatos iriam puxar outros assuntos para cima de mesa.
A pergunta sobre a disponibilidade dos candidatos para serem vereadores foi colocada por um elemento do movimento Cidadãos por Coimbra (CpC) já durante a parte da sessão que foi aberta às questões do público, mas como não se enquadrava no tema do debate, o moderador deu liberdade a cada candidato para a considerar ou não.
O primeiro foi José Manuel Silva, que se apresenta como independente com a candidatura Somos Coimbra. “Fico na câmara”, assegurou o ex-bastonário da Ordem dos Médicos, acrescentando que nunca se iria “submeter a um escrutínio popular e depois não respeitar a vontade do povo”.
Jorge Gouveia Monteiro, do CpC (movimento que elegeu um vereador nas eleições de 2013), apresentou o seu passado como garantia de que ficará. Tendo sido eleito vereador pela CDU entre 1998 e 2009, Gouveia Monteiro explica que foi “três vezes candidato a presidente da câmara” e três vezes ficou como vereador. Esta é a quarta vez que concorre e “não há dúvida absolutamente nenhuma” de que procederá da mesma forma.
O actual presidente, também apontou para o passado para indicar o que fará no dia 2 de Outubro, mas no sentido inverso. Manuel Machado já tinha estado à frente da Câmara de Coimbra durante três mandatos, entre 1989 e 2001, ano em que perdeu as eleições para Carlos Encarnação. “Sou candidato a presidente da câmara”, sublinhou. “Tal como fiz antes, ao ter terminado funções e não tendo sido eleito, cumprimentei o meu sucessor e fui à minha vida”, lembrou o autarca do PS.
Jaime Ramos optou por não abordar o assunto durante o debate. Interpelado pelo PÚBLICO à margem da iniciativa, o candidato social-democrata que se apresenta em coligação e que já desempenhou os cargos de presidente da autarquia de Miranda do Corvo e Governador Civil de Coimbra respondeu apenas “noutra altura”.
Francisco Queirós, que ocupa actualmente o cargo de vereador eleito pela CDU, concorre a um terceiro mandato e pretende ficar. “Nós na CDU exercemos os cargos para os quais somos eleitos”, afirmou o vereador que assume o pelouro da Habitação e Gabinete Médico-Veterinário.
O candidato do PAN, Vítor Matos, diz que pretende ocupar o cargo de vereador. Em relação à mesma questão, o candidato do PNR utilizou uma formulação hipotética. “Evidentemente que, se fosse eleito, ficaria na câmara”, respondeu Vítor Ramalho.