Uma semana de Queer Lisboa com o Brasil em destaque
A 21.ª edição do festival foi oficialmente apresentada, com filmes de Anna Muylaert e André Téchiné na programação e quatro curtas portuguesas a concurso.
É com um jovem cineasta inglês e com uma veterana brasileira que o Queer Lisboa abre e fecha a sua edição 2017. Com a programação anunciada ao fim da tarde desta terça-feira em conferência de imprensa em Lisboa, o 21.º Festival Internacional de Cinema Queer, a decorrer de 15 a 23 de Setembro no Cinema São Jorge, tem como filme de abertura God’s Own Country, primeira longa-metragem do britânico Francis Lee, vencedor do prémio de Melhor Realizador em Sundance, sobre a amizade que se trava entre um jovem agricultor rural que tenta aguentar a quinta da família e o emigrante romeno que o vem ajudar. O fecho ficará a cargo de Mãe Só Há Uma, o filme com que Anna Muylaert sucedeu a Que Horas Ela Volta?, sobre um jovem andrógino que descobre ter sido roubado em bebé à sua verdadeira mãe.
O Brasil é, aliás, mais uma vez um dos países em destaque na programação, com Corpo Elétrico, de Marcelo Caetano, na competição de longas-metragens, o documentário Entre os Homens de Bem, sobre o deputado brasileiro LGBT Jean Wyllys, na competição de documentários, A Destruição de Bernardet, de Claudia Priscilla e Pedro Marques, na competição Queer Art, e seis títulos entre as 20 curtas a concurso, para lá de um programa de telediscos contemporâneos na secção Queer Pop.
Na competição de curtas encontram-se quatro títulos portugueses, três já conhecidos (Coelho Mau, de Carlos Conceição, Os Humores Artificiais, de Gabriel Abrantes e Où en êtes-vous, João Pedro Rodrigues?, de João Pedro Rodrigues), e a “novidade” Phantom, de Gonçalo Almeida. Entre os outros filmes a serem apresentados, destaca-se desde logo Quand on a 17 ans, o regresso do veterano francês André Téchiné à boa forma com argumento de Céline Sciamma (Bando de Raparigas) sobre a relação que se cria entre dois adolescentes num liceu de província — esteve a concurso em Berlim 2016 e deverá chegar às salas portuguesas até ao final do ano. Apresentar-se-ão ainda Beach Rats, da americana Eliza Hittman, recém-chegado de Locarno, o documentário de Camila José Donoso Casa Roshell, e Colby Does America, o work-in-progress do actor porno Colby Keller, participante no projecto de Miguel Gonçalves Mendes O Sentido da Vida; Keller estará também presente para dar uma masterclass.
Todos estes projectos vêm-se juntar ao já anunciado destaque/retrospectiva sobre a artista multimédia Shu Lea Cheang, que será partilhado entre o São Jorge e o Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea, e às já tradicionais secções Hard Nights e Queer Pop (esta última este ano “sob o signo” do falecido George Michael). Em Outubro, o Queer estender-se-á para o Porto para a terceira edição do Queer Porto, com uma programação diferente sob a égide do documentarista Peter Friedman e do seu trabalho de registo da memória dos anos da SIDA, e do New Queer Cinema dos anos 1990.
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É com um jovem cineasta inglês e com uma veterana brasileira que o Queer Lisboa abre e fecha a sua edição 2017. Com a programação anunciada ao fim da tarde desta terça-feira em conferência de imprensa em Lisboa, o 21.º Festival Internacional de Cinema Queer, a decorrer de 15 a 23 de Setembro no Cinema São Jorge, tem como filme de abertura God’s Own Country, primeira longa-metragem do britânico Francis Lee, vencedor do prémio de Melhor Realizador em Sundance, sobre a amizade que se trava entre um jovem agricultor rural que tenta aguentar a quinta da família e o emigrante romeno que o vem ajudar. O fecho ficará a cargo de Mãe Só Há Uma, o filme com que Anna Muylaert sucedeu a Que Horas Ela Volta?, sobre um jovem andrógino que descobre ter sido roubado em bebé à sua verdadeira mãe.
O Brasil é, aliás, mais uma vez um dos países em destaque na programação, com Corpo Elétrico, de Marcelo Caetano, na competição de longas-metragens, o documentário Entre os Homens de Bem, sobre o deputado brasileiro LGBT Jean Wyllys, na competição de documentários, A Destruição de Bernardet, de Claudia Priscilla e Pedro Marques, na competição Queer Art, e seis títulos entre as 20 curtas a concurso, para lá de um programa de telediscos contemporâneos na secção Queer Pop.
Na competição de curtas encontram-se quatro títulos portugueses, três já conhecidos (Coelho Mau, de Carlos Conceição, Os Humores Artificiais, de Gabriel Abrantes e Où en êtes-vous, João Pedro Rodrigues?, de João Pedro Rodrigues), e a “novidade” Phantom, de Gonçalo Almeida. Entre os outros filmes a serem apresentados, destaca-se desde logo Quand on a 17 ans, o regresso do veterano francês André Téchiné à boa forma com argumento de Céline Sciamma (Bando de Raparigas) sobre a relação que se cria entre dois adolescentes num liceu de província — esteve a concurso em Berlim 2016 e deverá chegar às salas portuguesas até ao final do ano. Apresentar-se-ão ainda Beach Rats, da americana Eliza Hittman, recém-chegado de Locarno, o documentário de Camila José Donoso Casa Roshell, e Colby Does America, o work-in-progress do actor porno Colby Keller, participante no projecto de Miguel Gonçalves Mendes O Sentido da Vida; Keller estará também presente para dar uma masterclass.
Todos estes projectos vêm-se juntar ao já anunciado destaque/retrospectiva sobre a artista multimédia Shu Lea Cheang, que será partilhado entre o São Jorge e o Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea, e às já tradicionais secções Hard Nights e Queer Pop (esta última este ano “sob o signo” do falecido George Michael). Em Outubro, o Queer estender-se-á para o Porto para a terceira edição do Queer Porto, com uma programação diferente sob a égide do documentarista Peter Friedman e do seu trabalho de registo da memória dos anos da SIDA, e do New Queer Cinema dos anos 1990.
Programa completo em www.queerlisboa.pt.