Tecnologia LED utilizada em 5% dos focos de iluminação pública

EDP Distribuição garante que cumpre as normas mais exigentes de protecção fotobiológica e acrescenta que as potências utilizadas têm vindo a diminuir.

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Existem em Portugal cerca de três milhões de focos de iluminação pública (luminárias), e apenas 5% usam tecnologia LED segundo informação da EDP Distribuição, o operador da rede que gere os contratos de distribuição da Energia Eléctrica em Baixa Tensão que, em Portugal continental, compete aos municípios.

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Existem em Portugal cerca de três milhões de focos de iluminação pública (luminárias), e apenas 5% usam tecnologia LED segundo informação da EDP Distribuição, o operador da rede que gere os contratos de distribuição da Energia Eléctrica em Baixa Tensão que, em Portugal continental, compete aos municípios.

As luminárias encontram-se instaladas um pouco por todo o país, “abarcando a quase totalidade dos municípios portugueses”, sendo Lousada o mais avançado na adopção desta tecnologia, “o concelho do país 100% LED” como confirma fonte da EDP Distribuição.

A empresa diz que tem vindo a acompanhar activamente os desenvolvimentos desta tecnologia “através de realização de estudos, parcerias com entidades científicas e tecnológicas e participações activas em fóruns, workshops e conferências internacionais” e que as actuais soluções de LED estão “alinhadas com as boas práticas utilizadas para este tipo de tecnologia na iluminação pública, nomeadamente as normas mais exigentes de protecção fotobiológica”. Acrescenta também que as temperaturas que têm vindo a ser utilizadas “dependem do local específico de utilização de cada luminária” e  que têm vindo a reduzir “com o aperfeiçoamento da tecnologia”. “Actualmente estamos a usar luminárias entre 16W a 100W”, assegura fonte da EDP.

Ao abrigo de um dos anexos que foram feitos ao Contrato de Concessão de Distribuição de Energia Elétrica em Baixa Tensão, ao qual já aderiram 222 Municípios, a EDP Distribuição está preparada para instalar 120 mil luminárias LED em 2017. Nos próximos anos esse valor poderá atingir os 180 mil.

Sérgio Silva, CEO do grupo Vigent, um dos principais fabricantes europeus de torres de iluminação pública, diz que a tecnologia LED é agora utilizada em 90% dos casos, tanto em Portugal como noutros países europeus, para construção nova ou nos casos em que se procede à substituição integral dos postes já existentes. Justifica que a razão se fica a dever ao “retorno de investimento através da eficiência energética”.

Capital da EDP na Arquiled

A Arquiled foi a primeira empresa de iluminação LED a surgir em Portugal, em 2005 – e uma das primeiras na Europa. Depois de trabalhar exclusivamente na iluminação arquitectural, concentrou-se nos últimos quatro anos na iluminação pública e no  desenvolvimento de soluções de eficiência energética. O resultado, segundo confirma o presidente  da empresa, Miguel Allen Lima, foi uma taxa média de crescimento ao ano que ronda os 65%.

Ultrapassadas as resistências iniciais – dos concorrentes que operavam em tecnologia tradicional e da “barreira” de preço da nova tecnologia – “os projetos têm agora retorno de investimento na casa dos três anos”, admite Miguel Allen Lima.

Um investimento em que a EDP também quis participar. Em 2010, a EDP Ventures, braço da empresa com o “objectivo de promover o desenvolvimento de tecnologias inovadoras” entrou no capital da Arquiled quando esta lhe apresentou as suas soluções de iluminação com tecnologia LED.

De acordo com Miguel Allen Lima, o maior atractivo na iluminação pública é “a poupança de energia que pode atingir os 70%” bem como a garantia de segurança, “associada a uma forte redução dos custos de manutenção”. Segundo o empresário, a luminária de LED tem uma duração cerca de quatro vezes superior a uma lâmpada de sódio de alta pressão. 

O presidente da Arquiled cita ainda como exemplo o município de Valongo, que tem em curso um projecto que inclui a substituição de cerca de 16 mil luminárias convencionais (sódio de alta pressão e mercúrio) por luminárias da Arquiled.

Este artigo encontra-se publicado no P2, caderno de Domingo do PÚBLICO