Cristas descola de Rangel e fala de "país cor-de-rosa" na imaginação de Costa
A líder do CDS foi mais branda nas declarações sobre cativações, dizendo que "houve cortes efectivos", mas não os relacionou com as vítimas de Pedrógão, como fez Paulo Rangel na Universidade de Verão do PSD.
Assunção Cristas acusou este sábado de manhã o Governo de fazer "cortes efectivos" que levaram a "uma degradação dos serviços públicos", mas, questionada sobre as declarações de Paulo Rangel, a líder do CDS demarca-se dessas afirmações e preferiu falar da "imaginação" do primeiro-ministro e da "pouca transparência" do Governo.
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Assunção Cristas acusou este sábado de manhã o Governo de fazer "cortes efectivos" que levaram a "uma degradação dos serviços públicos", mas, questionada sobre as declarações de Paulo Rangel, a líder do CDS demarca-se dessas afirmações e preferiu falar da "imaginação" do primeiro-ministro e da "pouca transparência" do Governo.
"Sentimos que há um país cor-de-rosa na imaginação do primeiro-ministro e um país real que visitamos e onde ouvimos tantas críticas", disse aos jornalistas, quando questionada sobre as declarações do social-democrata, na Universidade de Verão do PSD, que fez uma ligação directa entre as cativações na Saúde, Educação, Segurança e Protecção Civil e as vítimas de Pedrógão Grande.
Referindo que não conhece as declarações de Paulo Rangel em detalhe, Assunção Cristas diz que houve "cortes cegos nas cativações. Nunca um Governo fez tantas cativações que se traduziram em cortes efectivos, que levaram a uma degradação dos seviços públicos", disse Cristas referindo cerca de mil milhões de euros em cativações. E foi o mais longe que a centrista foi, falando sobretudo nos cortes na saúde e educação e nem sequer referindo a Protecção Civil.
"Muitas pessoas foram afectadas por políticas do Governo que não são transparentes", referiu, falando sobretudo de cativações na Saúde que levaram, por exemplo, disse, a um aumento do tempo de espera nas cirurgias. Esta semana, o Jornal de Notícias dava conta que o tempo de espera de cirurgias é o maior dos últimos seis anos. "É uma política de muito pouca transparência orçamental", insistiu.
Ainda em declarações aos jornalistas, durante uma acção de pré-campanha em Lisboa, Assunção Cristas considerou "positivo" a manutenção do rating da República pela agência Moody's, com perspectiva de a nota passar de "estável" a "positiva", mas considera pouco.
"Tudo o que sejam noticias nessa área é positivo", disse. Lembrando que passaram três anos depois da saída da troika, Cristas diz que o Governo devia fazer mais, sobretudo no que diz respeito à dívida pública. "A dívida pública deveria estar mais baixa do que está. Ainda ontem o Banco de Portugal revelou dados que mostram que a dívida pública bateu mais um recorde. Há muito para fazer nessa área e o Governo não mostra uma estratégia clara para reduzir a dívida pública", defendeu.
"Estamos numa conjuntura favorável, devíamos aproveitar para resolver os problemas que temos e um deles é a dívida pública. Três anos depois da troika, devíamos estar muito melhor. Isso é muito importante para os juros que nós pagamos", argumentou.