Escolha uma memória e guarde-a em vídeo, desafia a Alzheimer Portugal
Presidente da República escolheu guardar os instantes "marcantes" do nascimento dos seus dois filhos.
E se tivesse que escolher a memória, uma apenas, que gostaria de guardar para sempre? A associação Alzheimer Portugal desafiou o Presidente da República a partilhar em vídeo a memória que optaria por preservar até ao fim da vida. Não foi uma tarefa fácil, mas Marcelo Rebelo de Sousa escolheu “dois instantes” — os nascimentos dos seus dois filhos.
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E se tivesse que escolher a memória, uma apenas, que gostaria de guardar para sempre? A associação Alzheimer Portugal desafiou o Presidente da República a partilhar em vídeo a memória que optaria por preservar até ao fim da vida. Não foi uma tarefa fácil, mas Marcelo Rebelo de Sousa escolheu “dois instantes” — os nascimentos dos seus dois filhos.
Foram “momentos marcantes”, descreve o Presidente da República no vídeo que marca o arranque da campanha pioneira com que esta associação visa chamar a atenção da população para a problemática das demências — que afectam mais de 180 mil pessoas em Portugal.
Mas a associação Alzheimer Portugal quer ir bem mais longe. Durante Setembro, o mês mundial da doença de Alzheimer, convida todos os portugueses a gravar um vídeo que comece com a frase “A memória que eu gostaria de guardar…” e a partilhá-lo nas redes sociais usando as hashtags #memoriasparaguardar e #passeiodamemoria e desafiando três amigos a fazer o mesmo.
Ao longo do mês, várias figuras públicas, deputados, bloggers, animadores de rádio e jornalistas que responderam ao desafio vão partilhar, nas redes sociais, a memória que consideram mais importante e a Alzheimer Portugal divulgará diversos vídeos na sua página no Facebook e no seu canal no Youtube.
Com este movimento, o que a associação pretende, como explica em comunicado, é pôr as pessoas a pensar neste problemática que afecta milhares de pessoas e de famílias, além de “reforçar a importância das demências serem consideradas uma prioridade de saúde pública” e de enfatizar a necessidade de ser criado um plano nacional “que contemple um percurso de cuidados adequado, assim como apoios aos cuidadores destes doentes”.
Os números variam, mas, segundo as estimativas mais recentes, existem mais de 180 mil pessoas com demência em Portugal, representando a doença de Alzheimer entre 60% a 70% de todos os casos. À medida que a população envelhece, haverá cada vez mais pessoas a sofrer de demência.
A Organização Mundial de Saúde estima que, em todo o mundo, existam 47,5 milhões de pessoas com demência, número que pode chegar aos 75,6 milhões, em 2030, e quase triplicar em 2050.