“É sempre pela esquerda, se faz favor”

Venezuela, Brasil, Angola e Cuba são alguns dos países presentes na Festa do Avante!.

Fotogaleria

À entrada da Festa do Avante!, os camaradas dão indicações aos que vão chegando: “É sempre pela esquerda, se faz favor”. Para que não haja dúvidas. O espaço internacional está repleto de indicações políticas sobre de que lado se está em alguns dos grandes conflitos internacionais. “Solidariedade com a Venezuela bolivariana” é a frase escrita em letras grandes ao lado do mural que representa uma multidão onde pontua um cartaz “somos pueblo constituinte soberano”. Ao lado, junto aos pavilhões de comes e bebes do Brasil: “Não ao golpe, sim à democracia”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

À entrada da Festa do Avante!, os camaradas dão indicações aos que vão chegando: “É sempre pela esquerda, se faz favor”. Para que não haja dúvidas. O espaço internacional está repleto de indicações políticas sobre de que lado se está em alguns dos grandes conflitos internacionais. “Solidariedade com a Venezuela bolivariana” é a frase escrita em letras grandes ao lado do mural que representa uma multidão onde pontua um cartaz “somos pueblo constituinte soberano”. Ao lado, junto aos pavilhões de comes e bebes do Brasil: “Não ao golpe, sim à democracia”.

Mais a leste, lê-se: “Não à agressão. Pela soberania e independência da Síria”. Ou “liberdade e democracia para a Ucrânia”. Ou ainda “Não à ocupação da Palestina. Liberdade para os palestinianos presos por Israel”. A sul, pede-se “liberdade para os presos políticos sarauís” do Sahara Ocidental e “respeito pela soberania dos povos africanos”, dizendo “não à ingerência do capitalismo”.

De Moçambique, a mensagem escrita a negro é “com a Frelimo, a diáspora moçambicana unida”. Enquanto no quiosque de Angola há fotografias gigantes do novo presidente, João Lourenço, e apenas uma de José Eduardo dos Santos, indicado como “presidente do MPLA”.

A China ocupa um espaço amplo, mas à hora de abertura da festa ainda estava muito despido. De política não havia palavra. Mas já lá estava um cartaz publicitário da Capital Airlines, a companhia que desde finais de Julho tem os primeiros voos directos para Portugal.

Meia hora antes de Jerónimo de Sousa fazer o discurso inaugural num pequeno palco na zona nova do recinto, a Orquestra Sinfonietta de Lisboa e o Coro Sinfónico Lisboa Cantat ensaiam, no palco principal, canções populares, patrióticas e revolucionárias russas e soviéticas que hão-de integrar o grande concerto da noite, este ano de homenagem ao centenário da Revolução de Outubro. Ali ao lado, a JCP desfila gritando palavras de ordem como “O aumento do salário é justo e necessário”. Nos altifalantes Zeca Afonso entoa “A  formiga no carreiro anda em sentido contrário”. A festa está prestes a começar.