Cinco óperas para uma temporada
Logo a abrir, a ópera como espectáculo popular: Turandot nos Coliseus de Lisboa e Porto. Mas no programa do São Carlos para 2017/2018 também cabem uma Elektra beckettiana e uma nova encenação de Luis Miguel Cintra.
Puccini sai de casa
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Puccini sai de casa
O São Carlos mostra a vontade de “sair de casa” mais frequentemente, abrindo a temporada com um concerto encenado que levará aos Coliseus de Lisboa e do Porto a última ópera de Puccini, Turandot. Com a consagrada Elisabete Matos (soprano) no papel da Princesa Turandot, esta produção pretende não só levar o teatro musical a outras salas, mas também lembrar de novo que a ópera é um espectáculo popular.
Luis Miguel Cintra encena Britten
Luis Miguel Cintra volta a encenar uma ópera no São Carlos, com a cenógrafa Cristina Reis, numa produção dirigida musicalmente por João Paulo Santos. Será posta em cena uma ópera de Benjamin Britten, The Rape of Lucretia, com um naipe de excelentes cantores portugueses. Um acontecimento (em Lisboa em Dezembro, no Porto em Janeiro) que dará uma nova vida à ópera que se estreou em 1946 no primeiro festival de Glyndebourne.
Ravel para todos
A ópera em um acto do compositor francês, L'enfant et les sortilèges, dirigida por Joana Carneiro. Uma produção da Ópera de Lyon, com animação vídeo e movimento “ao vivo”, com a participação de vários cantores portugueses. Uma animação natalícia, para todas as idades, com a maravilhosa música de Ravel.
Elektra minimalista
A filha de Agamémnon que decide matar a mãe para vingar o pai vai subir ao palco do Grande Auditório do Centro Cultural de Belém. A grande ópera modernista de Richard Strauss, com uma grande orquestra de mais de cem músicos, será encenada por Nicola Raab, numa produção quase “minimalista”. Com a cantora alemã Nadja Michael, soprano de projecção internacional no papel principal, esta Elektra sedenta de vingança promete ser... electrizante.
Uma nova Traviata
A temporada termina com uma das mais amadas óperas de Verdi, 60 anos depois da mítica “Traviata de Lisboa” com Maria Callas, em 1958. Uma nova produção dirigida por Pedro Ribeiro, com a direcção musical de Michele Gamba e cenografia de António Lagarto. E com uma das revelações vocais dos últimos anos, a soprano russa Ekaterina Bakanova, no papel de Violetta. Será ela capaz de vencer a sombra da Callas?