La Redoute vai ser comprada pelas Galerias Lafayette
Negócio, que começa com 51% do capital mas tem como meta 100% da Redoute, foi anunciado ao mercado. Juntas, facturam mais de 4,5 mil milhões de euros
O grupo Galerias Lafayette e a companhia La Redoute – que está presente em 20 países, entre os quais Portugal – vão passar a pertencer ao mesmo universo empresarial.
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O grupo Galerias Lafayette e a companhia La Redoute – que está presente em 20 países, entre os quais Portugal – vão passar a pertencer ao mesmo universo empresarial.
É pelo menos a ambição de ambas, que anunciaram esta quinta-feira, 31 de Agosto, um acordo sobre a entrada das Galerias Lafayette no capital da La Redoute. No comunicado conjunto, as empresas anunciam que “o grupo Galerias Lafayette, através da sua holding Motier” tem a intenção de adquirir “uma participação de 51% da Redoute” e de, a prazo, ficar com 100% do capital da retalhista de venda à distância.
Especializada na venda de pronto-a-vestir e artigos de decoração por catálogo, a empresa La Redoute é actualmente detida a 100% pelos seus trabalhadores. Foi o "R" no grupo Pinault-Printemps-Redoute (PPR, hoje Kering) mas como a Fnac, Conforama e Printemps, foi alienada pelo grupo de marcas de luxo em 2013. Hoje, “depois de ter realizado com sucesso um plano de reestruturação ambicioso em 2014”, refere o comunicado emitido esta quinta-feira, a Redoute tem um “volume de negócios de 750 milhões de euros e nove milhões de visitantes [no site] por mês”. O mercado francês representa 85% das vendas da empresa, que tem, contudo, 10 milhões de clientes activos em todo o mundo.
As Galerias Lafayette, por seu turno, com os seus 120 anos de existência, estão sobretudo associadas a grandes lojas multimarca – são 280 actualmente – situadas nas ruas de grandes cidades francesas. Vende, anualmente, cinco vezes mais do que a La Redoute – 3,8 mil milhões de euros segundo os dados oficiais – e emprega 14 mil pessoas.
A operação de união das duas empresas, agora comunicada, permitirá criar um novo grupo líder no comércio ominicanal [associando lojas físicas e ecommerce], especializado em moda e decoração, de raízes francesas e alcance internacional”. Nomeadamente, acrescentam os dois grupos, “irá permitir ao grupo Galerias Lafayette acelerar a sua transformação digital e à La Redoute consolidar o seu futuro e um desenvolvimento rentável e duradouro ao associar-se a um grupo familiar, accionista de longo prazo [100% do capital das Galerias pertence à família Moullin]”. Juntas, numa conta simplificada, as duas retalhistas acumulam vendas de 4.550 milhões de euros por ano.
O fecho do negócio está previsto “no decurso dos próximos meses” e está ainda sujeito à aprovação do comité empresarial da Redoute e à “aprovação das competentes autoridades reguladoras”.