Costa: Dados do INE desmentem preconceitos sobre políticas do Governo
Primeiro-ministro diz que crescimento de 2,9% no segundo trimestre do ano é "encorajador".
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou nesta quinta-feira que o crescimento da economia portuguesa no segundo trimestre é uma realidade que "desmente alguns preconceitos relativamente à inversão de políticas iniciadas há ano e meio".
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O primeiro-ministro, António Costa, afirmou nesta quinta-feira que o crescimento da economia portuguesa no segundo trimestre é uma realidade que "desmente alguns preconceitos relativamente à inversão de políticas iniciadas há ano e meio".
Para o chefe do executivo, "é encorajador" saber que a economia portuguesa cresceu 2,9% no segundo trimestre deste ano em termos homólogos e 0,3% face ao trimestre anterior, como revelou Instituto Nacional de Estatística (INE).
"São números muito encorajadores", disse, acrescentando que confirmam que "quer no emprego, quer no crescimento, quer nas exportações, quer sobretudo no investimento, [a política do Governo] está a dar muito bons resultados".
Mas, acrescentou António Costa, "tão ou mais encorajador do que termos este crescimento neste segundo trimestre é o facto de o investimento ter tido um crescimento superior a 9%, porque este investimento vai representar um aumento da produção" e é, portanto, "um indicador avançado do crescimento futuro". "Significa que estamos no bom caminho e é preciso continuar a trabalhar", vincou.
No seu discurso na sessão de abertura da AgroSemana - Feira Agrícola do Norte, Costa tinha já referido que esta "revisão em alta" do crescimento da economia "deve motivar", mas não pode deixar o Governo "tranquilo".
"Temos que olhar para o dia de hoje, mas temos de olhar para o dia depois de amanhã e, por isso, tão importante é executarmos bem" os fundos do Portugal 2020 "como preparar já o pós-2020", porque "há mais vida para além do 2020".
Costa apelou a que se vá trabalhando já nos projectos de investimento futuros para que não se percam anos na transição de um quadro comunitário para outro.
"Não podemos estar sempre à espera que os regulamentos sejam aprovados em Bruxelas para fazer a seguir. Temos que chegar a Bruxelas com a ideia do que queremos para o futuro", concluiu.
Nas contas nacionais trimestrais relativas ao segundo trimestre deste ano, o INE reviu em alta o cálculo do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da economia portuguesa face à estimativa rápida que tinha divulgado em 14 de agosto.
Nessa altura, o INE tinha estimado provisoriamente um crescimento de 2,8% entre Abril e Julho em relação ao mesmo trimestre de 2016 e de 0,2% em relação ao primeiro trimestre deste ano.
Este desempenho do segundo trimestre face ao período homólogo ficou a dever-se sobretudo à evolução da procura interna, cujo contributo para o crescimento do PIB foi de 2,8 pontos percentuais.