Sindicatos fazem “balanço muito positivo” da greve na Autoeuropa
"Fazemos um balanço muito positivo da greve. A Autoeuropa não produziu um único carro", garante Sitesul, que não avança dados nem confirma a adesão de 41% reivindicada pela gestão da fábrica
Os sindicatos mais representativos na Autoeuropa fizeram esta quarta-feira, 30 de Agosto, um "balanço positivo" da paralisação desta quarta-feira, que dizem ter provocado a paragem da produção na fábrica de automóveis de Palmela, mas não avançam com números concretos sobre a adesão.
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Os sindicatos mais representativos na Autoeuropa fizeram esta quarta-feira, 30 de Agosto, um "balanço positivo" da paralisação desta quarta-feira, que dizem ter provocado a paragem da produção na fábrica de automóveis de Palmela, mas não avançam com números concretos sobre a adesão.
"Fazemos um balanço muito positivo da greve. A Autoeuropa não produziu um único carro", disse à agência Lusa Eduardo Florindo, do Sitesul, Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul, afecto à CGTP.
"Ficou demonstrada a unidade, a coesão e a solidariedade dos trabalhadores. E isto significa que os trabalhadores estão com os objectivos da convocatória desta greve", acrescentou o sindicalista, que remete para a próxima semana um balanço mais detalhado da greve na Autoeuropa.
Questionado pela agência Lusa, Eduardo Florindo escusou-se a adiantar qualquer número sobre a adesão à greve desta quarta-feira por parte dos sindicatos e também não quis comentar os números avançados pela administração da Autoeuropa, que refere uma adesão de 41% do total dos trabalhadores da empresa.
O ainda coordenador da Comissão de Trabalhadores, Fernando Sequeira, que apresentou a demissão após a rejeição do pré-acordo negociado com a administração da empresa, remete para quinta-feira eventuais comentários sobre a greve na fábrica de automóveis de Palmela.
Os trabalhadores da Autoeuropa consideram que, além do transtorno que a obrigatoriedade do trabalho ao sábado iria provocar nas suas vidas, a compensação financeira atribuída pela empresa também é muito inferior ao que iriam receber pelo trabalho extraordinário aos sábados.
De acordo com o novo modelo de horários que deverá ser implementado a partir de Novembro, cada trabalhador iria rodar nos turnos da manhã e da tarde durante seis semanas e faria o turno da madrugada durante três semanas consecutivas, com uma folga fixa ao domingo e uma folga rotativa nos outros dias da semana.
A administração da Autoeuropa promete ouvir as partes envolvidas no processo, tendo já marcado uma reunião com os sindicatos para as 17:00 do próximo dia 07 de Setembro.
As eleições para a nova Comissão de Trabalhadores estão marcadas para o dia 3 de Outubro.