PGR investiga viagens pagas pela NOS e Oracle
O Ministério Público enviou para o DIAP alguns "elementos" sobre as viagens à China, à fábrica da Huawei, oferecidas pela NOS a altos quadros do Estado e encontra-se a "recolher elementos" sobre as viagens que terão sido pagas pela empresa Oracle.
O Ministério Público está a investigar os vários casos de viagens pagas a políticos e a altos funcionários do Estado que terão sido pagas pelas empresas NOS e Oracle, com diferentes destinos e finalidades. Em respostas ao PÚBLICO, a Procuradoria-Geral da República confirma a investigação às viagens que terão sido pagas pela Huawei e Nos e a recolher informação sobre as viagens que terão sido feitas a convite da Oracle.
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O Ministério Público está a investigar os vários casos de viagens pagas a políticos e a altos funcionários do Estado que terão sido pagas pelas empresas NOS e Oracle, com diferentes destinos e finalidades. Em respostas ao PÚBLICO, a Procuradoria-Geral da República confirma a investigação às viagens que terão sido pagas pela Huawei e Nos e a recolher informação sobre as viagens que terão sido feitas a convite da Oracle.
"Relativamente às notícias vindas a público no último fim-de-semana, a Procuradoria-Geral da República procedeu à recolha de elementos e decidiu enviá-los ao DIAP de Lisboa com vista a investigação", respondeu o gabinete de Joana Marques Vidal. Em causa está a revelação do Expresso este fim-de-semana de que vários funcionários do Ministério da Saúde teriam viajado a convite da Huawei para a China e a revelação de terça-feira pelo jornal Eco de que teria sido a NOS, parceira da tecnológica chinesa, a pagar as deslocações.
O caso está também a ser investigado pela Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS). Os funcionários colocaram o cargo à disposição, mas o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, espera pela conclusão do inquérito.
Além desse caso, o jornal Observador revela que vários funcionários de diferentes ministérios foram aos Estados Unidos a convite da empresa Oracle. Sobre este caso, a PGR diz estar "a recolher elementos sobre a matéria".
São já três os casos conhecido de empresas que pagaram viajens a políticos ou funcionários do Estado. O primeiro foi revelado no ano passado pela revista Sábado e contava que três secretários de Estado e vários deputados tinham ido ver jogos do Euro 2016 a França, com viagens pagas pela Galp. O Ministério Público está a investigar o caso, que acabou por provocar a demissão dos secretários de Estado em Julho deste ano.
Já este ano, o jornal Observador revelou que o deputado Sérgio Azevedo, do PSD, tinha ido à China, com a viagem paga pela empresa Huawei (o agora a empresa garante que não pagou nenhuma viagem). A este caso, seguiu-se a revelação este sábado pelo Expresso, que vários dirigentes do Ministério da Saúde tinham também ido à China.
* Actualizado com informação de que Huawei garante não ter pago viagem nenhuma.