Sindicatos admitem nova greve na PT e pedem reunião com primeiro-ministro
Decisão foi tomada nesta terça-feira, durante uma reunião para analisar o relatório da inspecção do trabalho à empresa detida pela Altice
Os nove sindicatos da Portugal Telecom (PT) e a comissão de trabalhadores da Meo admitem avançar de novo para greve, caso o Governo não tome medidas para travar as políticas laborais seguidas pela empresa do grupo Altice. A decisão foi tomada nesta terça-feira durante uma reunião das várias estruturas sindicais para analisar o relatório que faz o ponto de situação das inspecções levadas a cabo entre Janeiro e Junho deste ano à empresa pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
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Os nove sindicatos da Portugal Telecom (PT) e a comissão de trabalhadores da Meo admitem avançar de novo para greve, caso o Governo não tome medidas para travar as políticas laborais seguidas pela empresa do grupo Altice. A decisão foi tomada nesta terça-feira durante uma reunião das várias estruturas sindicais para analisar o relatório que faz o ponto de situação das inspecções levadas a cabo entre Janeiro e Junho deste ano à empresa pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
Os sindicatos vão pedir, ainda esta semana, reuniões com o primeiro-ministro e com o ministro do Trabalho para abordarem os resultados das inspecções da ACT. “Apelamos ao primeiro-ministro e ao ministro do Trabalho para que actuem e para que deixem claro junto dos representantes da Altice que este tipo de gestão não pode ser tolerada”, frisou ao PÚBLICO Jorge Félix, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da PT, um dos sindicatos que esteve na reunião desta terça-feira.
Além disso, defendem os representantes dos trabalhadores, “o Governo deve incentivar a clarificação da lei” no que respeita à transmissão de estabelecimento, para evitar que este instrumento seja utilizado como forma de despedir os trabalhadores. “Não é só por causa da PT. Se a lei não for alterada, outras situações surgirão”, justifica o dirigente.
“Se tudo falhar”, os trabalhadores admitem recorrer novamente à greve. “Em última instância, se o Governo nada fizer e se a lei não for alterada, não está fora de causa uma greve mais agressiva e mais dilatada no tempo”, reforçou Jorge Félix.