Depois de uma série de polémicas, a Uber tem um novo presidente executivo

O anterior CEO da empresa, Travis Kalanick, foi forçado a demitir-se em Junho depois de várias acusações relativas à cultura interna da Uber.

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A empresa de transporte escolheu Khosrowshahi para novo presidente executivo da empresa Reuters/Lucas Jackson

A Uber escolheu um novo presidente executivo neste domingo: chama-se Dara Khosrowshahi, tem 48 anos, nasceu no Irão e também é líder da empresa online de viagens Expedia. A decisão, noticiada pela BBC e pelo The New York Times, surge depois de um período turbulento para a Uber, que envolveu a demissão em Junho do co-fundador e então CEO da empresa, Travis Kalanick, depois de uma série de polémicas sobre a cultura interna da companhia.

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A Uber escolheu um novo presidente executivo neste domingo: chama-se Dara Khosrowshahi, tem 48 anos, nasceu no Irão e também é líder da empresa online de viagens Expedia. A decisão, noticiada pela BBC e pelo The New York Times, surge depois de um período turbulento para a Uber, que envolveu a demissão em Junho do co-fundador e então CEO da empresa, Travis Kalanick, depois de uma série de polémicas sobre a cultura interna da companhia.

A escolha de Khosrowshahi foi feita após um longo período de selecção, entre dois outros possíveis candidatos: Jeffrey Immelt, que geriu a multinacional norte-americana General Electric, e Meg Whitman, que é desde 2011 directora executiva da Hewlett-Packard (a conhecida HP).

No domingo, Immelt anunciou no Twitter que se iria abster de “seguir uma posição de liderança na Uber”. O The New York Times escreve que o conselho de administração da Uber estava inclinado para escolher Whitman como a próxima líder, mas não chegaram a acordo com a candidata ao cargo.

A decisão do nome escolhido para a liderança ainda não foi anunciada oficialmente pela empresa. Ao aceitar chefiar a Uber, Dara Khosrowshahi, que é presidente executivo da Expedia desde 2005 e tem experiência no ramo digital, terá a tarefa de recuperar a imagem da empresa e garantir a sua estabilidade.

A 21 de Junho, Travis Kalanick deixou o cargo de presidente executivo da Uber, depois de a polémica se ter instalado em relação à cultura interna da empresa: a Uber era acusada de tolerar assédio sexual, de não cumprir com todos os pagamentos e de ter chefes agressivos. Ainda que tenha sido forçado a demitir-se do cargo de CEO, Kalanick continua nos quadros de administração da empresa.

Antes da sua demissão, a companhia despediu cerca de 20 trabalhadores por comportamento impróprio, assédio no trabalho, discriminação e bullying — isto depois de serem analisados os resultados de uma investigação à Uber. O inquérito, levado a cabo pela empresa de advogados Perkins Coie, foi iniciada depois de acusações de assédio de Susan Fowler, uma antiga engenheira da Uber.

Mas já desde 2016 que a cultura empresarial da Uber tem estado no centro da polémica: além das acusações de assédio, a empresa foi acusada de utilizar um programa informático para evitar os agentes da autoridade, os próprios motoristas da Uber em Nova Iorque queixam-se das más condições de trabalho e Travis Kalanick, co-fundador da empresa, foi filmado a discutir e a ofender um motorista no final de Fevereiro.