Incêndios: 16 pessoas retiradas de três povoações em Oleiros
Os habitantes foram transportados para um centro de dia. O incêndio que deflagrou na quarta-feira está a ser combatido por 378 operacionais e 113 veículos.
Dezasseis pessoas foram retiradas das povoações de Vilarinho, Ademoço e Póvoa da Ribeira devido ao incêndio que lavra desde quarta-feira no concelho de Oleiros, Castelo Branco, de acordo com a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Dezasseis pessoas foram retiradas das povoações de Vilarinho, Ademoço e Póvoa da Ribeira devido ao incêndio que lavra desde quarta-feira no concelho de Oleiros, Castelo Branco, de acordo com a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).
Segundo a adjunta-nacional de operações da ANPC, Patrícia Gaspar, num briefing na sede daquela entidade em Carnaxide, Oeiras, as 16 pessoas foram deslocadas para o Centro de Dia de Cambas, até estarem reunidas condições de segurança para poderem regressar às três povoações.
O fogo de Oleiros, que teve início às 13h18 de quarta-feira, era às 9h desta quinta-feira o que mobilizava mais operacionais e meios de combate. Por essa hora, o fogo com duas frentes activas estava a ser combatido por 378 operacionais, apoiados por 113 veículos e cinco meios aéreos.
De acordo com Patrícia Gaspar, este fogo está a ser "combatido com dificuldades" devido ao vento, numa "zona com pequenas povoações onde estão identificados desde o início dois pontos críticos — as povoações de Orvalho e Estreito".
A responsável da ANPC referiu que às 9h de quinta-feira lavraram em Portugal Continental sete incêndios florestais, com seis destes a merecerem "preocupação" - três no distrito de Castelo Branco (dois em Oleiros e um na Sertã), um no da Guarda (Guarda), outro no de Santarém (Santarém) e um outro no de Vila Real (Montalegre).
O novo fogo de Oleiros teve início antes na madrugada desta quinta-feira e apresentava às 8h30 uma frente activa, que estava a ser combatida por 58 operacionais com o apoio de 19 meios terrestres.
Desde a meia-noite, a ANPC registou 30 ocorrências. Na quarta-feira, foram registadas 139 ocorrências. Os distritos do Porto, com 33, e o de Viana do Castelo, com 16, concentraram o maior número de incêndios.
Apesar de uma "melhoria aparente" das condições meteorológicas relativamente ao acendimento de incêndios e respectivo combate - prevê-se para os próximos dias descida da temperatura e o aumento da humidade relativa — "todo o cuidado continua a ser pouco". "Não estão descartadas as possibilidades de continuarmos a ter incêndios com alguma velocidade de propagação", referiu.
Patrícia Gaspar recordou que o estado de alerta mantém-se até à meia-noite de hoje, com os distritos de Bragança, Beja, Castelo Branco, Faro, Santarém, Vila Real, Viseu, Portalegre e Guarda em alerta laranja e os restantes em alerta amarelo.
Vários concelhos nos distritos de Bragança, Guarda e Castelo Branco estão hoje em risco máximo de incêndio, de acordo informação disponibilizada no site do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Com risco muito elevado de incêndio estão vários concelhos nos distritos de Viana do Castelo, Vila Real, Viseu e Faro. Já em concelhos dos distritos de Braga, Porto, Coimbra, Leiria, Santarém, Portalegre, Évora e Beja o risco é elevado. Nos distritos de Aveiro, Lisboa e Setúbal o risco de incêndio é moderado.
O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, que podem variar entre o "reduzido" e o "máximo". O cálculo é feito com base nos valores observados às 13h em cada dia relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.