Daesh ameaça Península Ibérica no primeiro vídeo em castelhano
Foi divulgado quarta-feira à noite e nele surgem dois homens, um identificado como "o cordovês" e outro como "o andaluz".
O grupo terrorista Daesh divulgou pela primeira vez um vídeo em castelhano. "Com a permissão de Alá, o Al Andaluz voltará a ser o que foi: terra do califado", diz um militante do grupo radical islâmico que surge de cara descoberta e que é identificado como Abu Lais Al Qurdubi (o cordovês).
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O grupo terrorista Daesh divulgou pela primeira vez um vídeo em castelhano. "Com a permissão de Alá, o Al Andaluz voltará a ser o que foi: terra do califado", diz um militante do grupo radical islâmico que surge de cara descoberta e que é identificado como Abu Lais Al Qurdubi (o cordovês).
Segundo a polícia espanhola citada pelo jornal espanhol El País, Abu Lais é Muhammad Yasin Ahram Pérez, um espanhol de 22 anos nascido em Córdova, filho de uma cidadã espanhola e de um marroquino. O pai, Abdelah Mhram, de 42 anos, está preso em Tânger, Marrocos, por ligações ao jihadismo.
"A jihad não tem fronteiras. Faz a jihad onde estiveres", diz Abu Lais. Prossegue: "Cristãos espanhóis, não se esqueçam do sangue dos muçulmanos derramado pela inquisição espanhola. Vamos vingar a vossa matança, e a que estão a fazer agora contra o Estado Islâmico [Daesh]".
No vídeo, divulgado na quarta-feira à noite, surgem imagens do atentado da semana passada em Barcelona. "Que Alá aceite os sacrifícios dos nossos irmãos em Barcelona. A nossa guerra convosco durará até ao fim do mundo", diz outro homem, identificado como Abu Salman Al Andalusi (o andaluz), e que aparece com a cara coberta, só os olhos se vêem.
O Al-Andaluz foi o nome dado à Península Ibérica pelo califado Omíada (séc. VIII). Abrange, nesta definição, todo o território, não apenas o controlado pelos muçulmanos.
Tomasa Pérez, a mãe de Abu Lais, é de Málaga, conta o El País. De família católica, conheceu Ahram em 1994 e um ano depois o casal teve o primeiro filho, que surge no vídeo como Abu Lais. Em Dezembro de 2014 deixou Espanha com os seis filhos e partiu para a Síria, para se juntar ao "califado" que o Daesh auto-proclamou nos vastos territórios que conquistou na Síria e no Iraque (já perdeu a maior parte).