Governo: salário mínimo de 600 euros só no final da legislatura
PCP quer aumento de 557 para 600 euros já no próximo ano.
O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, reiterou nesta quinta-feira que o Governo mantém o objectivo de aumentar o Salário Mínimo Nacional (SMN) para 600 euros "no final da legislatura" e não em 2018 como pede o PCP.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, reiterou nesta quinta-feira que o Governo mantém o objectivo de aumentar o Salário Mínimo Nacional (SMN) para 600 euros "no final da legislatura" e não em 2018 como pede o PCP.
Questionado, no final do Conselho de Ministros, sobre a exigência do PCP que defende um aumento de 557 euros para 600 euros já em Janeiro do próximo ano, o ministro do começou por dizer que este "não foi um tema abordado" na reunião de Governo.
"O Governo irá cumprir o que está no Programa de Governo que é apresentar à concertação social um valor para o SMN para 2018, valor esse que se enquadra no objectivo fixado de atingir no final da legislatura os 600 euros", afirmou.
No seu programa, o executivo compromete-se a propor às concertação social "uma trajetória de aumento do SMN que permita atingir os 600 euros em 2019: 530 euros em 2016, 557 euros em 2017, 580 euros em 2018 e 600 euros em 2019"
Na semana passada, em Guimarães, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, reafirmou que existem "razões de preocupação" porque, disse, "em matérias várias não há resposta a legítimas expectativas dos trabalhadores".
E entre as medidas elencadas referiu-se ao aumento do salário mínimo: "Lá nos encontrarão determinados a tudo fazer pelo aumento geral dos salários, nomeadamente pelo aumento extraordinário do salário mínimo nacional para 600 euros, em Janeiro de 2018, de modo a contribuir para a melhoria das condições de vida e o estímulo ao desenvolvimento económico", afirmou.