Quase 30 mil no dia da maior enchente, 16 mil no campismo
Sábado o Vodafone Paredes de Coura registou a maior enchente da sua história. Um presente para celebrar. Quanto ao futuro, nada preocupa o director, João Carvalho: “O festival atingiu o seu zénite.”
Foi histórico o último dia do 25.º Vodafone Paredes de Coura. Sábado o festival teve a maior enchente da sua longa vida: 27.800 pessoas rumaram ao verde do recinto para verem Benjamin Clementine, Ty Segall, Foals ou Foxygen – os restantes três dias registaram uma média de 25 mil.
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Foi histórico o último dia do 25.º Vodafone Paredes de Coura. Sábado o festival teve a maior enchente da sua longa vida: 27.800 pessoas rumaram ao verde do recinto para verem Benjamin Clementine, Ty Segall, Foals ou Foxygen – os restantes três dias registaram uma média de 25 mil.
O campismo, esse, foi verdadeira cidade montada nas margens do rio Coura e no bosque da encosta que se ergue da Praia Fluvial do Taboão: 16 mil fizeram daqueles terrenos a sua casa provisória. Em 2018, já sabemos quando tudo se repetirá. O 26.º Paredes de Coura decorrerá entre 15 a 18 de Agosto.
Na noite de sábado, João Carvalho, director do festival, estava nos bastidores, sentado com membros da sua equipa, naturalmente cansado – são muitas noites com muita actividade e pouco sono – e obrigatoriamente feliz. Fala ao PÚBLICO enquanto melómano, prenunciando carreira fulgurante a Alex Cameron, elogiando demoradamente Benjamin Clementine (“já é quase um cliché fazê-lo”), manifestando a sua alegria e surpresa com os concertos de Timber Timbre e de Nick Murphy. Falará depois enquanto fundador do festival nascido em 1993 por carolice de amigos.
Carvalho fala para dizer que, 24 anos e 25 edições depois, nada o preocupa quanto ao futuro: “O festival atingiu o seu zénite. É uma referência em Portugal e já é procurado pelos agentes e bandas que gostam de vir cá tocar e que o elogiam entre si. Preocupamo-nos apenas em melhorar as condições logísticas, mesmo que, segundo dizem os nossos inquéritos, já tenham taxas de satisfação muito elevadas.”
Ao longo destes anos ganhou-se sobretudo confiança do público naquilo que o festival oferece. Antes de ser anunciada qualquer banda para o cartaz, revela João Carvalho, já 35% da bilheteira para a edição tinha sido vendida.